"Tem uma "coisa" que instituto de pesquisa nenhum consegue captar, que questionário nenhum consegue descrever.
É uma "coisa" que, muitas vezes, fica no íntimo, no particular de cada homem e cada mulher. Mas é uma "coisa" que se sairmos das nossas posições individuais, pararmos de olhar para os nossos umbigos, abrirmos os nossos olhos e, acima de tudo, buscarmos enxergar com o olhar do outro, vamos observar concretamente. É uma "coisa" que sermos um pouco o fechado mundo das redes sociais e voltarmos o nosso olhar para o mundo real ao nosso redor, vamos ver por todos os cantos.
Ontem, durante um ato pró-Dilma pelo Centro de Aracaju, por mais de uma vez essa "coisa" apareceu espontaneamente pela boca das suas próprias portadoras e reacendeu a certeza de cada pessoa que estava ali na manifestação.
Essa "coisa" é o que está em jogo na eleição de hoje.
O que é essa "coisa"? É a mudança real de vida das pessoas mais pobres deste país. Pessoas que, antes de Lula e Dilma, eram tidas como "coisas" e não como cidadãs dotadas de direitos e, principalmente, dotadas de instrumentos para exercer esses direitos. É o tipo de mudança que se materializa como uma receita, que leva um pouquinho de cada ingrediente: Bolsa Família, Pronatec, Prouni, Fies, cotas no ensino superior público, aumento das vagas de trabalho, ampliação do salário mínimo, Ciência sem Fronteiras, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos e tantos outros programas e projetos que, queiramos ou não, estão transformando o status de milhões de brasileiros e brasileiras de "coisa" para "gente". Gente que faz três refeições diárias, que se orgulha de ter sua casa própria, de ter o seu filho sendo o primeiro da família a se formar em uma faculdade, gente que agora diz "isso é direito meu", gente que agora não tem vergonha de entrar numa manifestação, pega o microfone e dizer "eu mudei de vida!".
É a continuidade da mudança de vida dessa gente que iremos decidir hoje. Que "iremos", coisa nenhuma. É essa gente que vai decidir a sua própria história, dando o voto para o governo que te olhou como gente, como cidadão, como sujeito de direito e não como coisa.
Vamos à vitória!
Paulo Victor Melo, jornalista, esperançoso na vitória da candidata das pessoas (das gentes) e na derrota do candidato das coisas."
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