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sábado, 13 de outubro de 2018

sábado, 6 de outubro de 2018

Fantástico texto de Fernando Horta. Vale a pena ler e partilhar , oxalá todos lessem.

O Fernando Horta escreveu desenhando.

"Quando você tiver sido molestada ou estuprada e ninguém estiver ao seu lado, sabe quem vai lutar ao teu lado? As feministas aquelas esquerdopatas.
Quando você for demitido sem direitos e sem receber absolutamente nada para que possa sustentar sua família, sabe quem vai te defender? Os trabalhistas, aqueles esquerdopatas.
Quando você sofrer violência policial, for agredido intimidado, sequestrado... Sabe quem vai te ouvir, acolher e ajudar nesta luta? Os defensores dos direitos humanos, aqueles esquerdopatas.
Quando tirarem de você as escolas públicas ou a oportunidade de um ensino superior gratuito e de qualidade, sabe quem vai estar lá fazendo greve e apanhando da PM pelos teus direitos? Os professores, aqueles esquerdopatas.
Quando passarem a te servir comida transgênica sem pesquisas suficientes e inundadas de agrotóxicos, sabem quem está lá para te defender e lutar pela tua saúde alimentar? O MST, aqueles esquerdopatas.
Quando os juros forem tão altos e os salários tão baixos que você tenha perdido a dignidade social, sabe quem estará lá em greves, piquetes, estudos contrapondo os absurdos? Os partidos de esquerda, obviamente esquerdopatas...
Quando você estiver sendo agredido ou prejudicado em função do Deus que você ora, sabe quem estará lá ao seu lado encarando os fundamentalistas? Os ateus e defensores do estado laico, aqueles esquerdopatas.
Quando você estiver sem forças para negociar aumento de salário ou melhorias necessárias para o teu trabalho, sabe quem estará lá na linha de frente tomando bomba e gás na cara? O sindicalistas, aqueles esquerdopatas.
Quando você não acreditar que o governo, o judiciário o legislativo estejam retirando teus direitos, tua aposentadoria e vendendo as riquezas do teu país, sabe quem estará lá votando contra, xingando, travando votação e etc.? Os partidos de esquerda, cheios de esquerdopatas.
Enquanto isto sabe onde estão o teu deputado defensor da "família", o teu pastor defensor de "cristo", o teu senador defensor da "liberdade" ou o teu ídolo defensor do "livre mercado"? Estão em casa descansando, aproveitando o dinheiro que ganharam defendendo os que eram contra ti e prometendo continuar te entregando em troca de mais dinheiro e poder.
" Esquerdopatas" são como as mãos, os pés ou qualquer outro membro que você só sente falta quando perde. E este é o momento em que todos estamos perdendo. Pense."
P.L: Lula é Haddad e Haddad é Lula.
#LulaLivre
#LulaPresidente
#EuSouLula
#HaddadPresidente

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

#HaddadÉ13


"Desabafo de Facebook (pq sei que não vai mudar a cabeça de ninguém), mas as vezes só de escrever já dá um certo alívio.
Sou médico e trabalho em um grande hospital público de BH. Desde a faculdade aprendi que a classe médica era mesmo conservadora e, quando veio o Golpe, foi muito difícil conviver entre meus pares de profissão. As críticas à Dilma eram, na maior parte das vezes, depreciativas: “uma mulher ignorante”, “burra pra c*”, “jumenta” e por aí vai. Os mesmos médicos que chamavam a Dona Maria, paciente internada ou do ambulatório, de “jacaré” (um termo pra se referir à pessoa ignorante, que desconhece aquilo nós levamos 6 anos e uma vida de estudos pra sabermos). Os mesmos que falavam que “bandido que chega baleado tinha mesmo era que deixar morrer”. Os mesmos que urravam contra o Mais Médicos, mesmo sabendo que nunca, jamais, em hipótese alguma, trabalhariam nos “buracos” onde se metiam os cubanos. Aliás, como sabiam tecer os piores adjetivos aos colegas de Cuba. “Cubano” virou um xingamento, falado com aquela pronúncia pausada, como que para prolongar a ofensa, lentamente, aproveitando cada sílaba da palavra. Sinônimo de “inferior”, mas estava tudo certo que fosse assim. Afinal, éramos superiores, Brasileiros.
Agora, os mesmos defendem seu apoio ao candidato fascista. Não me surpreendo, o passado recente me calejou. Nos grupos de WhatsApp, nas enfermarias, nos quartos de plantão, o voto majoritário é pra ele. Aliás, se alguém conseguiu ler esse texto até agora, fica a dica: nunca queira saber o que se fala em um quarto de plantão médico. Parece que ali o desrespeito é liberado, como se dentro daquelas quatro paredes o Juramento de Hipócrates não passasse de um texto inútil que pronunciamos ao formarmos. Um protocolo.
Parece paradoxal pensar que uma pessoa que se formou para defender a vida, queira como líder a antítese de tudo que se pode considerar o direito à vida e à liberdade. Um representante declarado da tortura, do racismo, da misoginia, da segregação. Um homem que se colocou publicamente como um estuprador e que enalteceu, no dia mais triste da minha curta vida de eleitor, um dos mais cruéis e sádicos nomes da ditadura militar brasileira. O terror dos terrores, capaz de levar crianças para assistirem a mãe sendo torturada no porão. Chega a doer essa imagem, não?
Como pensar que profissionais que lidam diariamente com as piores mazelas de um povo pobre, preto e fragilizado, parecem não se importar com o peso negativo que esse apoio traz a essa parcela da sociedade? Aliás, não somente a essa parcela, porque sabemos que afetará todos nós: pequenos, médios ou altos.
Mas quando me deparo com o médico eleitor do candidato fascista, quando escuto os seus comentários, sempre cheios da mesma soberba e obscenidade, reproduzindo fielmente o ódio que prega o seu líder, a dúvida desaparece facilmente. A verdade é que essa pessoa nunca entendeu o seu real papel na sociedade. Talvez por influência de um meio já muito corrompido pelo falso status que traz a profissão . Talvez por ignorância mesmo. O que os olhos não vêem é mais fácil de negar.
Nesse próximo domingo, vou novamente exercer o meu direito e dever de cidadão. E não há dúvida: ele jamais."