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segunda-feira, 13 de outubro de 2014


CRÔNICA DE DOMINGO
DILMA CORAGEM ROUSSEFF
   Fico perplexo  com a mania de alguns bundões que vivem alardeando suas agruras e sofrimentos no tempo da ditadura militar. Carinhas que nunca peitaram o arbítrio, caso de Serra e do bundão-mor FHC, ficam botando banca de perseguidos, quando a verdade é que se autoexilaram e viveram bem à beça no exterior. Foram, sim, beneficiados com turismo pela ditadura militar.

   Outros, caso desse menino de engenho Aecito, que certa vez foi flagrado por uma blitz e não quis fazer o exame do bafômetro, alardeiam certos posicionamentos e herança do avô, mas não se sabe de nenhum ato dele, aecito, de combate de verdade à ditadura. Pode alegar idade, mas não pode negar que nunca sofreu nenhuma discriminação, viveu sempre à tripa forra por cima da carne seca. Um tipo como esse, o menino de engenho, não passou pelas agruras dos verdadeiros combatentes da ditadura. E estes, não raro, não divulgam e nem fazem reclame dos seus atos de heroísmo no combate ao arbítrio.

   Sim, os verdadeiro Combatentes da Liberdade não botam banca e nem alegam heranças, heroísmos e combates de marré-deci. Eles, os heróis da liberdade, só falam no assunto quando convocados pela Comissão da Verdade ou provocados pela imprensa.

   É o caso de Dilma Rousseff. Ninguém a vê alardeando heroísmo, fazendo reclame da sua luta contra a ditadura, fazendo demagogia com seus sofrimentos, usando isso como trunfo político.

   Mas diante de tanta mentira e agressão, é preciso lembrar a participação de Dilma na luta contra a ditadura militar. Ela era uma jovem estudante, uma moça de classe média, alguém que se quisesse atravessaria o  período da ditadura numa boa, aproveitando a vida. Mas Dilma se rebelou contra o arbítrio e não fez isso na surdina, por debaixo dos panos, com segurança, de forma institucional como a ditadura consentia. Não. Ela partiu para o  enfrentamento, nas ruas, nas praças, nos combates, nas trincheiras da luta de verdade contra a reação. Por isso foi perseguida, presa e torturada nos porões da ditadura. Mas nem no auge dos maiores sofrimentos, durante as torturas mais cruéis, ela hesitou, traiu, delatou ou se arrependeu. Nunca, jamais, em momento algum abriu mão dos seus princípios. Nunca pediu clemência aos torturadores. Foi uma heroína. Uma Combatente de Coragem. É alguém com uma história de vida que orgulha e dignifica o Brasil. Um exemplo de quem, mesmo na hora mais difícil, teve a coragem de ser fiel à liberdade, mesmo sabendo que isso poderia custar a sua própria vida.

   Para Dilma não se vive sem liberdade e nem sem coragem. É por isso que de vez em quando ela repete um trecho de um escrito de Guimarães Rosa:    "O correr da vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e desinquieta. O que a vida quer da gente é coragem".
   Viva Dilma Coragem Rousseff. Uma guerreira do povo brasileiro. Uma mulher que orgulha e dignifica o Brasil. E priu.

Fonte, http://blogdewilliamporto.zip.net/

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