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domingo, 9 de novembro de 2014

Paulo Rubem Santiago
23 h ·
"Amanhã publico vídeo sobre isso aqui.
Incrível.
Enquanto instituições financeiras, fundos de investimento e não-residentes detém 68% da dívida pública em papéis do tesouro nacional, eles, os grandes grupos de mídia, controlam 95% dos meios de comunicação e dão generosos espaços em suas emissoras e nas páginas de seus jornais para um certo "time" de comentaristas, especialistas em socializar uma avaliação da economia brasileira com os mesmos argumentos de sempre e a mesma receita: Corte de gastos públicos, redução do estado e aumento dos juros.
Cabe uma pergunta: De que tipo de gasto público eles estão falando?
Frente às suas afirmações o que não nos faltam é literatura acadêmica, estudos, pesquisas, dissertações e teses para contradizer as " verdades" desses privilegiados, barões da mídia e das finanças.
Quando é para falar de finanças públicas, inflação, juros e câmbio, qual desses veículos de comunicação, porém, dá para Tânia Bacelar (UFPE-CEPLAN) , o mesmo espaço dado a uma Miriam Leitão ou a um Sardenberg ( Globo News/CBN ) ? Quem assegura a um Francisco Lopreatto ( Unicamp ) o mesmo espaço dado para um Raul Veloso? Quem garante a Luís Fernando de Paula (UERJ), o mesmo espaço dado para um Armínio Fraga, um Felipe Saito ou um Samuel Pessoa ( os dois últimos, sócios de Maílson da Nóbrega, ele mesmo, da "Tendências Consultoria" ) ? Não se iludam caros amigos. Essa é a principal disputa em nosso país: Interpretar a conjuntura e os indicadores econômicos, propor medidas e conduzir o país daqui para a frente. Os cadeiras-cativas da grande mídia criticam os números da economia, mas não explicam suas razões de forma honesta, já que trazem as repostas prontas, todas, invariavelmente, sem afetar nem um milímetro, os ganhos dos grupos financeiros. Cínicos e oportunistas transformam seus dogmas de interesse em pretensas " teorias econômicas universais". Nosso enfrentamento a essa defesa de interesses impopulares travestida de informação e notícia deve ser permanente."

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