POLÍTICA, AUTORITARISMO E PRECONCEITO
Fazemos política nos marcos da institucionalidade. Estamos vinculados a determinadas instituições (educação, religião, família, judiciário, forças armadas e de segurança) , criadas e mantidas por um pensamento, predominantemente, conservador, individualista, egoísta, tacanho. As forças que objetivam mudar na direção de uma nação democrática têm que lutar nos marcos das leis criadas e mantidas para perpetuar as estruturas e a superestrutura, que contemplam, ao longo da nossa história, a poucos, as minorias.
Precisamos ficar atentos, de prontidão, preparados de coração e mente para os próximos desafios, as próximas lutas, os futuros enfrentamentos, as necessárias mobilizações. Isso porque o bonapartismo e até o fascismo fomentam a intolerância e avançam em um terreno adubado pela passividade, pela desmobilização política. O acirramento e a radicalização ultraconservadora verificada, no período eleitoral e pós eleitoral, incentivam o fanatismo religioso, a intolerância política, a descriminação com os diferentes, com o PT, as esquerdas. A cultura imposta, historicamente, ao povo, pela direita, desde à escravidão, passando pelo latifúndio, o coronelismo, as ações de um Estado autoritário, e nos governos de FHC por políticas de um Estado neoliberal, pretende promover o controle, a resignação, a obediência, a alienação política e a exclusão social das maiorias. Analise o porque da irritação dos grupos dominantes, hoje, para com o povo pobre, o nordestino, em particular. Certamente o nosso povo não está mais obedecendo, como antes, as regras e os valores impostos pelos que sempre mandaram e, em grande parte, ainda mandam: na cultura, na economia e na política. Observa-se uma reação consciente ao mandonismo das elites conservadoras. As 4 últimas derrotas eleitorais impostas pela maioria da sociedade brasileira demonstram concretamente essa reação política consciente aos grupos dominantes, alojados no PSDB/DEM.
Professor da UFRN = Geraldo De Margela
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