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segunda-feira, 3 de novembro de 2014


Marília Arraes
"Houve uma época em que só os homens brancos e ricos podiam votar. Há 87 anos, a professora Celina Guimarães Viana quebrou essa tradição, tornando-se a primeira eleitora do Brasil. Isso só foi possível graças a uma lei eleitoral do estado do Rio Grande do Norte, primeiro do país a reconhecer esse direito. Hoje celebramos o Dia da Instituição do Voto Feminino, uma data que serve, antes de mais nada, para que seja feita uma reflexão sobre a participação das mulheres no processo democrático.
O direito de votar e ser votada ocorreu de maneira tardia no Brasil. Mesmo com todos os avanços nesta área, ainda estamos muito aquém do patamar de igualdade de gênero. Apesar das mulheres serem maioria entre os cidadãos aptos a votar, cerca de 52%, de acordo com o TSE, os partidos políticos, de maneira geral, ainda contam com a presença de poucas filiadas. Não porque essas não desejam participar da política, mas porque neste meio ainda prevalece, infelizmente, o pensamento machista e patriarcal, o que inviabiliza a efetiva participação feminina.
Dados do TSE comprovam que 29% dos candidatos nas eleições deste ano eram mulheres, o que representa cerca de 6.500 inscritas. Já o quantitativo de homens que disputaram cargos públicos foi de 71%, ou seja, quase 16 mil candidatos. Mesmo diante desses dados é preciso reconhecer que a nossa sociedade evoluiu. Atualmente temos uma mulher na presidência, não só do Brasil, mas de outros países, e as políticas públicas de gênero começaram a ser debatidas, ainda que de maneira gradual.
Saber valorizar essa conquista e usá-la de forma responsável é um dever de todos e de todas. Uma sociedade só tem força para seguir em frente quando os cidadãos estiverem no mesmo patamar de representatividade.‪#‎DiadaInstituiçãodoVotoFeminino‬ ‪#‎ParticipaçãodasMulheresnaPolítica‬‪#‎Democracia‬ ‪#‎Equipe‬"

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