• •atualizado em 24 de Junho de 2013 às 22h04
Médicos estrangeiros só ocuparão vagas não preenchidas por brasileiros
Segundo ministro da Saúde, governo lançará edital para convocação de médicos brasileiros para trabalhar em áreas isoladas
Após a presidente Dilma Rousseff anunciar a criação de cinco pactos em resposta à onda de protestos que vem tomando conta de cidades brasileiras há duas semanas, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deu detalhes de medidas específicas a serem implementadas na área. As medidas para a saúde foram resumidas em quatro pontos principais, dentre elas a polêmica contratação de médicos estrangeiros para atuarem no Brasil. Segundo Padilha, os médicos estrangeiros ocuparão apenas as vagas não preenchidas por profissionais brasileiros nas periferias e no interior do Brasil.
"Nós temos a necessidade de levar médicos para as áreas de carência de vagas, nas periferias de grandes cidades e no interior do Brasil, principalmente no Norte e no Nordeste. Vamos detalhar um edital nacional de chamada para médicos brasileiros que queira trabalhar nessas áreas (interior e periferias) e chamar médicos estrangeiros apenas para vagas que não foram preenchidas", explicou o ministro. "A grande prioridade é chamar o médico brasileiro", garantiu.
Mais cedo, durante a abertura de uma reunião com todos os governadores e prefeitos de capitais do País, Dilma admitiu que a proposta renderia debate com a classe média, contrária à medida, mas argumentou: "precisa ficar claro que a saúde do cidadão deve prevalecer sobre quaisquer outros interesses".
Na área de investimento, Padilha garantiu a aceleração de cerca de R$ 7 bilhões entre o Ministério da Saúde, Estados e municípios. O dinheiro será usado, por exemplo, para construção de mais de 800 hospitais e mais de 800 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Segundo Padilha, há a possibilidade de formação de parcerias público-privadas (PPPs) para a gestão dos hospitais.
Ainda na área de financiamento para a saúde, o ministro afirmou que os prefeitos e governadores presentes ao encontro comandado por Dilma garantiram que o aumento do volume de recursos para a saúde não virá de novos impostos. "Em nenhum momento, tanto governadores como prefeitos anunciaram qualquer proposta de aumento de carga tributária", relatou.
A última medida apresentada para a saúde diz respeito à formação de novos médicos. Segundo os ministérios da Saúde e da Educação, o governo espera criar, até 2017, 11 mil novas vagas de graduação em faculdades de Medicina no País, além de 12 mil vagas de residência de especialização em áreas como pediatria, anestesia e medicina da família.
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