A política e a classe média
Há um pensamento político no Brasil, principalmente de parte significativa da classe média urbana e rural branca, que por suas idéias autoritárias, tacanhas, individualistas e patrimonialista rejeita qualquer outro pensamento, que não coincida com os seus. A diversidade e a democracia que permitem a coexistência de valores, éticas e visões de mundo diferentes constituem-se em crime PARA ESSA GENTE. Que pretende agora definir, inclusive, que tipo de alimentos os presos POLÍTICOS, Dirceu e Jenoino, devem preferir. A Folha São Paulo, jornaleco que expressa esse fascismo, cumpre o papel de incentivador de ódio entre as classe.
Analisando- se o avanço da economia brasileira nos últimos dez anos verifica-se que essas frações sociais de classe foram fortemente beneficiadas pelas políticas públicas dos governos Lula/Dilma. A poupança individual do brasileiro bate recorde todo mês, o índice de desemprego é um dos mais baixos do mundo, a elevação do poder aquisitivo dos trabalhadores só cresce e, consequentemente, eleva as compras e os lucros das empresas. As viagens ao exterior têm aumentado enormemente, fazendo a festa dessas frações de classe e das empresas que atuam no setor de turismo. Os investimento e os créditos no agronegócio são cada vez maiores. A elevação do número de vagas nas Universidade públicas brasileiras foi significativa, só no segundo governo Lula foram criadas 478. 857 novas vagas, no último governo de FHC foram criadas apenas 158,461. Na UFRN foram criadas 32 mil novas vagas nos dois períodos do governo Lula. Nos dois períodos do governo de FHC não passaram de 12 mil alunos. Hoje temos 46 mil alunos matriculados em nossas salas de aulas, laboratórios e grupos de pesquisas, fazendo avançar a ciência e o conhecimento da nossa juventude.
Então, por que o ódio a políticos, como José Dirceu e José Jenoino, que foram fundamentais na concepção e condução dessas transformações econômicas e sociais ocorridas no Brasil nos governos do PT? Algumas respostas para a existência desse ódio de classe:
Primeira, a contrariedade e mesmo a rejeição ideológica a quem conduz com sucesso essas políticas: os lideres de uma classe social que ainda não tivera a oportunidade de comandar os destinos do país, da qual setores médios não participam e nem desejam,
Segunda, a classe média rural, que sempre teve a sua disposição uma massa de camponês e trabalhadores para explorar livremente, pagando salários miseráveis e mais, sem reconhecer qualquer direito, exala ódio. Porque não aceita que conquistas sociais, que na Franca verificou-se em 1789, por ocasião da sua revolução burguesa sejam adotadas no Brasil, notadamente, por governos do Partido dos Trabalhadores - PT,
Terceira, as políticas de cidadania, que asseguram os direitos sociais dos trabalhadores e apoiam a criação de novos, como as conquistas dos direitos dos empregados domésticos, incomodam. Incomodam porque essas frações de classe querem ver os excluídos e pobres vivendo na miséria, agachados, esmolando para manter o controle destes. Como apregoavam alguns economistas ingleses no século XVII.
Professor da UFRN
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