Total de visualizações de página

quarta-feira, 4 de setembro de 2013




O MAIS MÉDICO

Os "escravos", médicos, de Cuba chegam de avião,
 estudaram medicina, prestaram serviços em nações 
pobres. Dão entrevistas e falam sobre medicina, saúde 
preventiva, solidariedade, assistência. Nesse aspecto, ao
se expressarem, falarem quebram uma velha tradição 
de silêncio imposta aos antigos imigrantes, trabalhadores
braçais dos canaviais do nordeste e dos cafezais de São
Paulo e do Paraná. E mais, são recebidos pelo governo,
ganham salários de 10. 000,00 e casa para morar. Vão
levar saúde para o povo brasileiro, em longínquos 
povoados abandonados dos sertões do nordeste e do
interior do norte. Além de socorrem as populações 
pobres das periferias do Brasil. Esse cenário irrita as
velhas e conservadoras elites, seus áulicos de plantão e 
ideólogos de aluguel.


Em outro momento histórico, os escravos africanos, que
vinham para trabalhar nos canaviais e servir a casa 
grande, chegavam de navios, quando não morriam nos 
porões destes, para aqui viverem sem direitos, sem 
salários, sem descanso, sem assistência. Vivendo em 
senzalas, sobrevivendo do sobejo dos proprietários. 
Esses sim eram do gosto de uma elite escravocrata, 
latifundiária, ideologicamente conservadora e 
exclusivista. Esses serviam, eram necessários, eram 
ovacionados, porque explorados, humilhados, 
chicoteados por uma elite tacanha e usurária, por 
séculos. Foram 388 anos de exploração. O que resultou 
e que ainda permanece, desse modelo agrário de 
economia monopolista, concentradora da riqueza, do 
poder e da cultura, que tem que mudar? 


A pobreza, as favelas, o analfabetismo, a violência, a
desorganização social do nosso povo. Responsabilidade 
dessa elite e seus filhotes ideologicamente afinados, 
que 
ainda hoje reclamam dos direitos sociais 
conquistados pelos empregados domésticos e da 
violência urbana que ela mesma produziu ao longo da
história.

Nenhum comentário:

Postar um comentário