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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vai continuar chorando Pesqueira?


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                “E as pessoas perguntavam: Por que não aqui, em Moreno? Porque aqui era preciso tomar as providências. Não adianta ficar chorando baixo. Choro baixo não resolve o problema de ninguém.” "O trecho destacado faz parte do discurso do governador Eduardo Campos, no dia 11 de Setembro de 2013, na cidade de Moreno na ocasião na qual entregava vários benefícios para aquela cidade, entre elas, a construção de uma escola técnica estadual, de um parque, de uma academia da cidade e da chegada de mais uma indústria para o município (o Grupo GL), localizado a 28 quilômetros do Recife. Ao todo, somente no distrito industrial, Moreno terá sete unidades fabris.
            Ao ler o discurso do Governador, confesso que logo me lembrei do que tenho ouvido pelas ruas de Pesqueira e cheguei a conclusão que precisamos reagir com urgência. Estamos sendo envenenados, diariamente, por uma combinação perigosa de insatisfação e conformismo. Nosso povo esta perdendo, sem perceber, o seu maior tesouro que é a esperança. Sem esperança nada se faz. Sem esperança não há objetivos e não há reação.
            Eu escrevo para vários veículos de comunicação, conheço muita gente e viajo bastante. Confesso, no entanto que é em Pesqueira que recarrego minhas energias e onde conheço as pessoas mais inteligentes e interessantes. Não deixamos de ser tudo aquilo que sempre fomos, mas estamos nos esquecendo.
            É preciso deixar o conformismo de lado, tomar as rédeas da situação, pressionar o poder publico e criar entidades que busquem os benefícios para nossa cidade. Preciso dizer que também é preciso deixar de lado este péssimo sentimento de falsa burguesia que ainda corroí as relações sociais e profissionais em Pesqueira, na qual as melhores oportunidades sempre são dadas para certas famílias de certos sobrenomes. Senhores e senhoras, o talento e a competência não possuem  sobrenomes. É Deus quem dá!
            Neste meu passeio, estive também em Arcoverde, cidade vizinha a nossa que enfrenta os mesmos problemas de seca, de distancia ou qualquer outro que nossos governantes possam dar como desculpa para o retardo em nosso crescimento, aliás, no retrocesso do nosso crescimento. No entanto, em Arcoverde, o progresso reina.
            A conclusão de tudo isso, é que não há desculpas. Cada um de nós precisa assumir seu papel, inclusive o governo. É preciso cuidar de nossa cidade, de nossas praças, plantar árvores, colorir as ruas, lutar por indústrias e empregos e devolver a esperança ao nosso povo.
            Precisamos decidir se vamos continuar chorando baixo e tendo, a cada dia, mais e mais motivos para chorar ou levantar a cabeça, enxugar as lagrimas e gritar por nossos direitos."
Ana Lígia Lira.
É escritora contratada pela Editora Portuguesa Oficina do Livro. Tem livros lançados em oito países  e começou sua carreira literária em Pesqueira.

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