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segunda-feira, 31 de março de 2014




TRAÍDO PELOS NÚMEROS
No programa eleitoral do PSB e em suas aparições públicas, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos,
 afirma querer "melhorar a vida das pessoas".
Mas isso não é o que demonstram os baixos indicadores sociais registrados no Estado.
Nesta semana, ao afastar-se do cargo para aventurar-se à Presidência da República, Campos deixará Pernambuco 
entre as unidades da Federação com os piores índices nas áreas de educação, saúde e abastecimento de água.
Segundo o Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, das Nações Unidas, entre 2000 e 2010 - ano em que 
Campos completou seu primeiro mandato, Pernambuco foi rebaixado da 14ª para a 18ª posição entre os 26 
estados brasileiros. O estudo considera quesitos como renda, educação e saúde.
Outro indicador negativo de sua gestão é o Índice de Desenvolvimento da Educação, o Ideb, do MEC. No último 
levantamento, Pernambuco ficou em 20º lugar dentre todos os demais estados.
Em relação ao analfabetismo, Pernambuco ocupava a oitava colocação em 2005. Agora, é quinto do País, com 
13,61% da população analfabeta, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE.
Além disso, no início da gestão Campos, o Estado era o 18º do País em relação à implantação de redes de 
distribuição de água. Atualmente, caiu para o 20º. Cerca de 20% da população continua sem abastecimento.
Na saúde, há mais de quatro mil pacientes à espera de cirurgias nos três maiores hospitais públicos de Recife. 
Isso levou o Ministério Público do Estado a mover uma ação civil contra o governador.
Outro quesito que trai seu discurso se refere à elevação dos gastos públicos. O índice de endividamento sobre a 
receita de Pernambuco subiu de 45,75% em 2012 para 52,76% em 2013.
Sem contar que, em fevereiro deste ano, o Estado obteve o terceiro pior resultado na criação de empregos em 
comparação com os demais estados.

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