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sexta-feira, 17 de julho de 2015

"Apoiar o Brasil não é crime"


"APOIAR O BRASIL NÃO É CRIME

Erra a Procuradoria da República no Distrito Federal ao abrir investigação contra o ex-presidente Lula por suposto crime de tráfico de influência. A decisão da Procuradoria tem viés político-partidário. Não condiz com a lisura das atividades do ex-presidente mundo afora, nem com o importante papel que ele vem desempenhando desde que deixou o Governo, de apoio incondicional ao Brasil, sua gente, sua cultura ou sua indústria.

Faz uma semana que a assessoria do Instituto Lula encaminhou ao Ministério Público Federal uma vasta documentação sobre as viagens do ex-presidente, o que torna ainda mais estranha a decisão apressada de oficializar a investigação, provavelmente sem a devida análise do material.

A suspeita da Procuradoria é de que Lula tenha intercedido em favor da Odebrecht, contribuindo para que a empreiteira firmasse contratos em outros países.

O que faz um ex-presidente da República? Aí depende. Lula é do tipo que viaja o mundo promovendo o Brasil lá fora. É natural. É lícito. É louvável. E é mais do que oportuno, embora haja ex-presidentes que prefiram falar mal de seu país no exterior.

Desde 2011, Lula tem feito viagens para ajudar o Brasil e o mundo. O mundo, em especial países da África e da América Latina, ele ajuda compartilhando a experiência bem sucedida de tirar o Brasil do mapa da fome, liderando uma revolução social sem precedentes. Por isso é chamado para falar em tantos lugares. Só aos Estados Unidos ele foi seis vezes. À Espanha, cinco. Ao México, outras cinco. Recentemente esteve na Itália para ser homenageado pela Prefeitura de Roma.

O Brasil ele ajuda de diversas maneiras, entre elas mostrando, nessas ocasiões, o que há de melhor e mais inovador no Brasil. Sempre de forma transparente e responsável. “O ex-presidente Lula tem feito o que presidentes e ex-presidentes dos grandes países do hemisfério Norte fazem, com naturalidade, quando apóiam suas empresas nacionais na busca de maior participação no comércio internacional”, escreveu Marcelo Odebrecht, muito acertadamente, em 2013.

“O que Lula fez, na Presidência e fora dela, foi promover o Brasil e suas empresas”, diz nota divulgada pelo Instituto Lula em maio. “Nenhum presidente da história do país liderou tantas missões de empresários ao exterior, no esforço de internacionalizar nossas empresas e aumentar nossas exportações.” O Instituto também rebate, com tranqüilidade e transparência, a acusação de ter recebido dinheiro ou passagens pagas pela empreiteira. “Como é de praxe, as entidades promotoras se responsabilizam pelos custos de deslocamento e hospedagem”, diz. “Ao contrário do que já publicou (a revista) Época, e já foi rebatido pelo Instituto Lula, a maioria das viagens do ex-presidente ao exterior não foi paga pela Odebrecht, que contratou palestras para empresários e convidados em países onde a empresa já atua”."

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