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terça-feira, 30 de julho de 2013


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TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS POR ESTADO/MUNICÍPIO

UF: PERNAMBUCO   EXERCÍCIO: 2013

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Total destinado ao Estado:R$6.229.918.153,84
Total destinado ao Governo do Estado:R$2.775.080.971,70
Total destinado aos municípios do Estado:R$3.454.837.182,14
Total destinado ao município PESQUEIRA:R$27.873.629,39
Selecione o(a) "Ação Governamental" para obter o detalhamento do valor
Caso queira outra classificação, clique no título da coluna correspondente
FunçãoAção GovernamentalLinguagem CidadãTotal no Ano (R$)
Educação8744 - Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica 500.730,00
Educação0969 - Apoio ao Transporte Escolar na Educação BásicaPNATE 158.409,72
Educação0515 - Dinheiro Direto na Escola para a Educação BásicaPDDE 671.717,80
Encargos Especiais0C33 - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEBFUNDEB 5.585.805,58
Encargos Especiais0045 - Fundo de Participação dos Municípios - FPM (CF, art.159)FPM - CF art. 159 11.015.042,40
Encargos Especiais0999 - Recursos para a Repartição da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE-CombustíveisCIDE - Combustíveis 3.837,93
Encargos Especiais099B - Transferência a Estados, Distrito Federal e Municípios para Compensação da Isenção do ICMS aos Estados Exportadores - (art. 91 ADCT)Transferências - LC n.º 87/96 e 115/2003 9.205,85
Encargos Especiais0369 - Transferência da Cota-Parte do Salário-Educação (Lei nº 9.424, de 1996 - Art. 15)Cota-parte dos Estados e DF do Salário-Educação 586.153,91
Assistência Social8442 - Transferência de Renda Diretamente às Famílias em Condição de Pobreza e Extrema Pobreza (Lei nº 10.836, de 2004)Bolsa Família 9.159.022,00
Encargos Especiais006M - Transferência do Imposto Territorial RuralTransferência - ITR - Municípios 1.372,83
Encargos Especiais0551 - Transferências do Fundo Especial dos Royalties pela Produção de Petróleo e Gás Natural (Lei nº 7.525, de 1986 - Art.6º)Royalties 182.331,37
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Do Facebook


  • Pra quem queria uma semana papal de pronunciamentos arredios à Política ou que, ao menos, confrontassem o governo do país, começou a se decepcionar logo na primeira frase do papa: "Senhora PRESIDENTA!"
    Era tudo o que a arrogância de nossa mídia e seus empregados travestidos de jornalistas não queriam ouvir.

Na íntegra, primeiro discurso do Papa Francisco no Brasil

OBRIGADO PAPA FRANCISCO

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Papa diz que já está com "saudades" ao se despedir do Brasil

Rio de Janeiro, 28 jul (EFE).- O papa Francisco disse neste domingo que já está com "saudades" ao se despedir do Brasil após a visita de uma semana na qual participou da 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
"Dentro de alguns instantes, deixarei sua Pátria para regressar a Roma. Parto com a alma cheia de recordações felizes; essas - estou certo - tornar-se-ão oração. Neste momento, já começo a sentir saudades", afirmou o pontífice no discurso de despedida no aeroporto internacional do Rio de Janeiro.
O primeiro papa latino-americano concluiu neste domingo, com uma missa para pouco mais de 3 milhões de pessoas na praia de Copacabana, a visita de sete dias ao Brasil que iniciou na última segunda-feira, a sua primeira viagem ao exterior desde que foi escolhido como pontífice.
Francisco, que chegou ao aeroporto carregando sua própria maleta, assim como fez ao sair do Vaticano, se despediu na pista do aeroporto internacional do Rio de Janeiro com a presença do vice-presidente Michel Temer, do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e de outras autoridades do país.
A presidente Dilma Rousseff o recebeu formalmente na segunda-feira passada no Rio de Janeiro e neste domingo assistiu à missa de encerramento da JMJ em Copacabana.
Papa embarca em avião no Aeroporto do Galeão. (Foto: Fabio Motta/ Estadão Conteúdo)Francisco assegurou que deixa o país já sentindo muitas saudades do Brasil, "este povo tão grande e de grande coração; este povo tão amigável", com saudade "do sorriso aberto e sincero que vi em tantas pessoas, e saudade do entusiasmo dos voluntários".
O papa acrescentou que também sentirá falta da "esperança nos olhos" que viu nos jovens atendidos em um hospital para dependentes químicos e da "fé e alegria em meio à adversidade" que sentiu na sua visita a uma comunidade do Rio de Janeiro que até poucos meses era controlada por traficantes de drogas.
"Obrigado pela acolhida e pelo calor da amizade que vocês me mostraram. Também começo a sentir saudades disso", disse.
Em seu pronunciamento de despedida, o papa agradeceu à presidente Dilma "por ter-se feito intérprete dos sentimentos de todo o povo do Brasil para com o sucessor de Pedro".
Agradeceu igualmente aos bispos, sacerdotes e voluntários que ajudaram a transformar a Jornada Mundial da Juventude em "uma estupenda celebração de fé em Jesus Cristo".
Também agradeceu e abençoou os milhares de jovens que participaram da Jornada.
"Muitos de vocês vieram como discípulos nesta peregrinação; não tenho dúvida de que todos agora partem como missionários. Com seu testemunho de alegria e de serviço, vocês fazem florescer a civilização do amor", disse.
Francisco afirmou que tem grande esperança nos jovens não só do Brasil, mas de outros países, que vêm se manifestando nas ruas por seus direitos e por um mundo melhor.
"Por meio deles, Cristo está preparando uma nova primavera no mundo todo. Eu vi os primeiros resultados desta semeadura, outros gozarão com a colheita abundante", afirmou.
"O papa vai embora e lhes diz 'até breve', um 'até breve' com saudades, e lhes pede, por favor, que não se esqueçam de rezar por ele. Este papa precisa da oração de todos vocês", concluiu.
Na mesma cerimônia de despedida, o vice-presidente Michel Temer elogiou a gentileza e simplicidade com que Francisco cativou a todos os brasileiros e o chamou de "verdadeiro evangelizador".
"Nesta semana que o senhor esteve aqui, o Brasil virou um paraíso permanente", disse Temer, para quem o pontífice já não necessita bater nas portas dos brasileiros, pois elas foram permanentemente abertas.
Francisco atraiu 3 milhões de pessoas, um número recorde no Rio de Janeiro, tanto para a vigília de jovens no sábado como para a missa deste domingo. EFE

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Mulher chora, defende Dilma e constrange médicos durante protesto



Uma mulher chorou, defendeu o programa da presidente da República Dilma Rousseff (PT) e constrangeu os profissionais da área da saúde presentes no protesto contra o projeto Mais Médicos. Eles realizaram uma passeata pelas ruas da Capital para protestar contra a importação de 6 mil médicos do exterior e cobrar melhorias no SUS (Sistema Único de Saúde).
Representante da ONG Mães Precoces Fragilizadas, Maria José Pinheiros ficou revoltado com o ato dos profissionais de saúde contra o programa Mais Médicos. “É revoltante ver o protesto contra um Governo humanitário, que está tentando resolver o problema de falta de médicos”, afirmou a mulher.
Bastante revoltada, ela gritou com os manifestantes, que a ouviram constrangidos. “Não é protesto, é baixaria. Não é justo vocês ficarem agitando desqualificando o programa do Governo”, disse.
“Os médicos estão lavando as ruas de sangue ao invés de ajudar e buscar atitudes para ajudar idosos e crianças”, lamentou. “Não estão fazendo nada”, argumentou.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Joaquim Barbosa cumprimenta Papa e deixa Dilma no vácuo



"A extrema grosseria e deselegância de Joaquim Barbosa ao não cumprimentar a Presidenta Dilma na frente do Papa e de todos foi um ataque ao povo brasileiro. Ataque gratuito àquela que o povo escolheu, foi eleita. Só comprova o que muitos pensam e dizem abertamente: não está à altura do cargo. Presidente da mais alta corte do país, bate em mulher, agride juízes e repórteres, compra apartamento em Miami em nome de empresa. Este é o que deveria dar exemplo. Age chafurdando a Justiça lixo. Assista a lama."

http://blogdadilma.com/brasil/3613-joaquim-barbosa-n%C3%A3o-desrepeitou-dilma-desrespeitou-todo-o-pa%C3%ADs.html

sábado, 20 de julho de 2013

Carta de um médico cubano: Simplesmente respeito, solidariedade e ética

“Meu nome é Juan Carlos Raxach, cubano, que desde 1998 escolhi o Brasil como meu país de residência, e sinto o maior orgulho de ter me formado, em 1986, como médico em Havana, Cuba.
É com tristeza e dor que vejo as notícias publicadas pela mídia e nas redes sociais, a falta de respeito e de solidariedade proveniente de alguns colegas brasileiros, profissionais ou não da área da saúde, que atacam e desvalorizam os médicos formados em Cuba como uma forma de justificar a sua indignação às medidas tomadas pelo governo brasileiro no intuito de melhorar a qualidade dos serviços do SUS.
A qualidade humana e a alta qualificação dos profissionais de saúde cubanos têm permitido que ainda hoje, quando o país continua a enfrentar graves problemas econômicos que se alastram desde os anos 90, após a queda do campo socialista da Europa do leste, os índices de saúde da população cubana seguem colocados como exemplo para o mundo.
São índices de saúde alcançados através do trabalho interdisciplinar e intersetorial desses profissionais.
Por exemplo, em 2012 a mortalidade infantil em Cuba continuava sendo 4,6 por cada mil nascidos vivos, menor que o índice de Canadá e dos Estados Unidos.
A expectativa de vida é de 78 anos para os homens e 80 para as mulheres.
médicos cubanos brasil
Vinda de médicos estrangeiros e, sobretudo, cubanos, têm gerado discussões acaloradas
E já em 2011 existia um médico a cada 143 habitantes.
Em 2012, a dra. Margareth Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), reconheceu e elogiou o modelo sanitário de Cuba e destacou a qualidade do trabalho que realizam os profissionais de saúde e os cientistas cubanos, e felicitou às autoridades cubanas por colocar o ser humano no centro da sua atenção.
Não é desprestigiando nossos colegas de profissão, seja qual for o seu país onde tenha se formado, que vamos colocar em pauta e debater as verdadeiras causas da deterioração da qualidade dos serviços de saúde no Brasil.
Na hora de nos manifestar, o respeito, a solidariedade e a ética são necessários para estabelecer o diálogo e ir ao encontro da solução dos problemas.
Solidariamente,
Juan Carlos Raxach
Juan Carlos Raxach é assessor de projetos da Associação Brasileria Interdisciplicar de AIDS – ABIA

Notícias

“Novas vozes no Brasil” – artigo original em português do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Luiz Inácio Lula da Silva
A juventude, conectada nas redes sociais e com os dedos ágeis em seus celulares, tem saído às ruas para protestar em diversas regiões do mundo.
Parecia mais fácil explicar as razões de tais protestos quando eles aconteciam em países sem democracia, como o Egito e a Tunísia em 2011, ou onde a crise econômica levou o desemprego juvenil a níveis assustadores, como na Espanha e na Grécia, por exemplo. Mas a chegada dessa onda a países com governos democráticos e populares, como o Brasil, quando temos as menores taxas de desemprego da nossa história e uma inédita expansão dos direitos econômicos e sociais, exige de todos nós, líderes políticos, uma reflexão mais profunda.
Muitos acham que esses movimentos significam a negação da política. Eu acho que é justamente o contrario: eles indicam a necessidade de se ampliar ainda mais a democracia e a participação cidadã. De renovar a política, aproximando-a das pessoas e de suas aspirações cotidianas.
Eu só posso falar com mais propriedade sobre o Brasil. Há uma ávida nova geração em meu país, e eu creio que os movimentos recentes são, em larga medida, resultado das conquistas sociais, econômicas e políticas obtidas nos últimos anos. O Brasil conseguiu na última década mais que dobrar o número de estudantes universitários, muitos deles vindos de famílias pobres. Reduzimos fortemente a pobreza e a desigualdade. São grandes feitos, mas é também absolutamente natural que os jovens, especialmente aqueles que estão obtendo o que seus pais nunca tiveram, desejem mais.
Estes jovens tinham 8, 10,12 anos quando o partido que eu ajudei a criar, o PT, junto com seus aliados, chegou ao poder. Não viveram a repressão da ditadura nos anos 60 e 70. Não viveram a inflação dos anos 80, quando a primeira coisa que fazíamos ao receber um salário era correr para um supermercado e comprar tudo o que fosse possível antes que os preços subissem no dia seguinte. Também tem poucas lembranças dos anos 90, quando a estagnação e o desemprego deprimiam o nosso país. Eles querem mais. E é compreensível que seja assim. Tiveram acesso ao ensino superior, e agora querem empregos qualificados, onde possam aplicar o que aprenderam nas universidades. Passaram a contar com serviços públicos de que antes não dispunham, e agora querem melhorar a sua qualidade. Milhões de brasileiros, inclusive das classes populares, puderam comprar o seu primeiro carro e hoje também viajam de avião. A contrapartida, no entanto, deve ser um transporte público eficiente e digno, que facilite a mobilidade urbana, tornando menos penosa e estressante a vida nas grandes cidades.
Os anseios dos jovens, por outro lado, não são apenas materiais. Também querem maior acesso ao lazer e à cultura. E, sobretudo, reclamam instituições politicas mais transparentes e limpas, sem as distorções do anacrônico sistema partidário e eleitoral brasileiro, que até hoje não se conseguiu reformar. É impossível negar a legitimidade de tais demandas, mesmo que não seja viável atendê-las todas de imediato. É preciso encontrar fontes de financiamento, estabelecer metas e planejar como elas serão gradativamente alcançadas.
A democracia não é um pacto de silêncio. É a sociedade em movimento, discutindo e definindo suas prioridades e desafios, almejando sempre novas conquistas. E a minha fé é que somente na democracia, com muito dialogo e construção coletiva, esses objetivos podem ser alcançados. Só na democracia um índio poderia ser eleito Presidente da Bolívia, e um negro Presidente dos Estados Unidos. Só na democracia um operário e uma mulher poderiam tornar-se Presidentes do Brasil.
A história mostra que, sempre que se negou a política e os partidos, e se buscou uma solução de força, os resultados foram desastrosos: guerras, ditaduras e perseguições de minorias. Todos sabemos que, sem partidos, não pode haver verdadeira democracia. Mas cada vez fica mais evidente que as nossas populações não querem apenas votar de quatro em quatro anos, delegando o seu destino aos governantes. Querem interagir no dia a dia com os governos, tanto locais quanto nacionais, participando da definição das políticas públicas, opinando sobre as principais decisões que lhes dizem respeito.
Em suma: não querem apenas votar, querem ser ouvidas. E isso constitui um tremendo desafio para os partidos e os lideres políticos. Supõe ampliar as formas de escuta e de consulta, e os partidos precisam dialogar permanentemente com a sociedade, nas redes e nas ruas, nos locais de trabalho e de estudo, reforçando a sua interlocução com as organizações dos trabalhadores, as entidades civis, os intelectuais e os dirigentes comunitários, mas também com os setores ditos desorganizados, que nem por isso tem carências e desejos menos respeitáveis.
E não só em períodos eleitorais. Já se disse, e com razão, que a sociedade entrou na era digital e a política permaneceu analógica. Se as instituições democráticas souberem utilizar criativamente as novas tecnologias de comunicação, como instrumentos de dialogo e participação, e não de mera propaganda, poderão oxigenar – e muito – o seu funcionamento, sintonizando-se de modo mais efetivo com a juventude e todos os setores sociais.
No caso do PT, que tanto contribuiu para modernizar e democratizar a política brasileira e que há dez anos governa o meu país, estou convencido de que ele também precisa renovar-se profundamente, recuperando seu vinculo cotidiano com os movimentos sociais. Dando respostas novas a problemas novos. E sem tratar os jovens com paternalismo.
A boa noticia é que os jovens não são conformistas, apáticos, indiferentes à vida pública. Mesmo aqueles que hoje acham que odeiam a política, estão começando a fazer política muito antes do que eu comecei. Na idade deles, não imaginava tornar-me um militante político. E acabamos criando um partido, quando descobrimos que no Congresso Nacional praticamente não havia representantes dos trabalhadores. Inicialmente não pensava em me candidatar a nada. E terminei sendo Presidente da República. Conseguimos, pela política, reconquistar a democracia, consolidar a estabilidade econômica, retomar o crescimento, criar milhões de novos empregos e reduzir a desigualdade no meu país. Mas claro que ainda há muito a ser feito. E que bom que os jovens queiram lutar para que a mudança social continue e num ritmo mais intenso.
Outra boa notícia é que a Presidente Dilma Rousseff soube ouvir a voz das ruas e deu respostas corajosas e inovadoras aos seus anseios. Propôs, antes de mais nada, a convocação de um plebiscito popular para fazer a tão necessária reforma política. E lançou um pacto nacional pela educação, a saúde e o transporte público, no qual o governo federal dará grande apoio financeiro e técnico aos estados e municípios.
Quando falo com a juventude brasileira e de outros países, costumo dizer a cada jovem: mesmo quando você estiver irritado com a situação da sua cidade, do seu estado, do seu país, desanimado de tudo e de todos, não negue a política. Ao contrário, participe! Porque o político que você deseja, se não estiver nos outros, pode estar dentro de você.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Governo lança o Observatório Participativo da Juventude

O governo federal disponibiliza, a partir desta quarta-feira (17), o Observatório Participativo da Juventude, também chamado de Participatório, um novo canal de diálogo direto com a juventude. Por meio do endereço participatorio.juventude.gov.br, os usuários poderão participar de debates e discutir políticas e programas voltados ao público jovem. Os usuários poderão criar um cadastro ou usar seus perfis em outras redes sociais para se conectar.
“A política de juventude já nasceu com a premissa da participação social, da participação da juventude. E é um momento em que a participação precisa ser ampliada. E já que a juventude brasileira usa muito a internet como um dos instrumentos tanto de informação quanto de opinião, a gente achou importante apostar nesses viés da participação social. Isso é estar antenado com a realidade da juventude”, explicou Severine Macedo, secretária nacional de Juventude da Secretaria Geral da Presidência da República.
O Participatório vem sendo elaborado pela Secretaria Nacional de Juventude desde 2012, como resposta às demandas da 2ª Conferência Nacional de Juventude por mais e melhores informações. E o espaço virtual chega em fase de testes (beta), para que os usuários possam fazer sugestões e colaborar com o desenvolvimento da ferramenta, voltada à produção do conhecimento sobre a juventude e as políticas públicas com participação e mobilização social. Os primeiros debates serão sobre: reforma política, enfrentamento da violência contra a juventude negra e direito à cidade e ao território.
Fonte : Blog do Planalto, 17.07.2013, Postado por Kelly Girão
http://dilma.pt/governo-lanca-o-observatorio-participativo-da-juventude/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=facebook

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Cazuza - O Tempo Não Para



Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou o cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara

Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não pára

Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára

Eu não tenho data pra comemorar
Às vezes os meus dias são de par em par
Procurando agulha no palheiro

Nas noites de frio é melhor nem nascer
Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer
E assim nos tornamos brasileiros
Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro
Transformam o país inteiro num puteiro
Pois assim se ganha mais dinheiro

A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas idéias não correspondem aos fatos
O tempo não pára

Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára


Link: http://www.vagalume.com.br/cazuza/o-tempo-nao-para.html#ixzz2Z8a9JNUj

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Sobre médicos cubanos
*Anatólio Julião

Médicos cubanos prestam, sim, dois anos de serviço social e ninguém no país sofre de TPM (Tensão Por Médico). Aprendem na prática com é a realidade do dia-a-dia, devolvem ao país um pouco do que receberam, porquanto o estudo é universal e gratuito, inclusive livros, equipamentos, roupas e alimentação.

Cuba é um dos poucos países do mundo onde sobram médicos. Cogita-se trazer médicos cubanos para ajudar o Brasil. Em Cuba, médicos brasileiros seriam força de trabalho excedente. Vexame!

Tenho um filho cubano, nascido em Havana, formado em Medicina pela Universidade de Havana, Dr. Alejandro (nome de guerra de Fidel) Ernesto (em homenagem ao Che) de Paula Ruiz. Atua no Agreste de Pernambuco há quase vinte anos e foi duas vezes vice-prefeito do município de Panelas.
Dele só tenho ouvido elogios. Ah! Escolheu o interior por decisão própria, tendo atuado pela primeira vez como secretário de Saúde em São Benedito do Sul, terra de outro galeno exemplar, Dr. Amaury de Medeiros, atendendo a convite do Dr. Dílson Assunção, naquele então, diretor da III Dires, hoje III Geres, em Palmares. Encantou-se por nosso hinterland e nunca cogitou trabalhar no Recife.

Pouco mais que um adolescente, com seus inseparáveis estetoscópio e tensiômetro na bolsa de mão, durante o voo que o trouxe ao Brasil, após o terceiro chamado “se havia algum médico a bordo” pelos alto-falantes da aeronave, socorreu a um turista italiano, gordo como um Buda, apavorado, crente de que estava tendo um enfarte.
Ao vê-lo de jeans, tênis e camisa polo, ar jovial e descontraído, a aeromoça ainda duvidou: “Você é médico?”. A resposta imediata: “se quiser volto pro meu assento”. “Não, por favor, entendeu a aeromoça”. Após verificar os sinais vitais e examinar cuidadosamente o Buda italiano, veio o diagnóstico: “O senhor não tem sintomas de quem está enfartando; tem sintomas de quem comeu e bebeu além da conta”, seguido do seu contagiante sorriso.

Tranquilizado o turista, o voo seguiu em paz.

Médicos cubanos atuam em quase 100 países em todo o mundo. Muitas vezes em situações precárias ou até mesmo de guerra, como no Vietnã e em Angola. Nunca se ouviu sobre eles qualquer denúncia de incompetência ou irresponsabilidade. Muito pelo contrário, são conhecidos por sua dedicação, humanismo, entusiasmo, desprendimento e alegria, tendo sempre o paciente como prioridade máxima.

Aprenderam não apenas nas excelentes faculdades médicas, mas com o comportamento solidário e humano característicos do povo cubano. Quando, em 1962, ocorreu a avalanche do vulcão Huascarán, no Peru, soterrando mais de 4.000 pessoas e ferindo muitas mais, centenas de médicos cubanos, os primeiros formados pela revolução, foram enviados para socorrer às vítimas da catástrofe. De lá pediram doações de sangue.
As filas nos hemocentros e hospitais foram impressionantes e comoventes. Eu fui um dos que, decididos a doar sangue, não consegui sequer chegar perto do posto de coleta da Calle 23, tamanha a fila de doadores. Que lição de ética, moral e solidariedade da população cubana! Todos estenderam seus braços para doar seu sangue aos irmãos peruanos.

E não estou falando do governo; estou falando do povo cubano e de sua inesgotável capacidade de luta e sacrifício, do seu humanismo e espírito de solidariedade. Quantas lições têm dado ao longo da história! Quanto teríamos a aprender com eles nesses aspectos.

Não obstante o constrangimento do gigante precisar ser socorrido por uma pequenina ilha caribenha, do tamanho de Pernambuco, bloqueada e isolada do mundo por mais de meio século, receber médicos cubanos no Brasil deveria ser uma honra para nós brasileiros e eles deveriam ser acolhidos fraternalmente, pois viriam aqui dar o melhor de si.

“Se duvida de homem sério, não acreditando em mim”, como versa o folheto de cantador “A Chegada de Lampião no Inferno”, pergunte pelo médico cubano Dr. Alejandro em qualquer município do Agreste Central. Ou melhor, faça-lhe uma visita em seu consultório em Caruaru e converse com ele que ele saberá explicar melhor.

Afinal de contas, eu fui “cubano” por apenas 10 anos.

*Sociólogo.