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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MÃOS LIMPAS

Uma noite dessas, mesmo não estando com asma, a insônia bateu, aí fiquei, para tentar dar um drible da vaca nela, recordando o passado. Que novidade!!! Dessa feita fiquei recordando dos grandes oradores que vi falar em praça pública, casa de José de Castro, Cid Sampaio, Francisco Julião, Marcos Freire... E lembrei outro: Fernando Ferrari, um deputado do Rio Grande do Sul que se candidatou a vice-presidente em 1960. Era um grande orador. Falava com emoção e facilidade e, claro, empolgava a massa batendo num tema arretado: as mãos limpas. Já naquele tempo se falava nesse pressuposto básico para se votar num candidato: ele ter as mãos limpas. Não limpas, dizia Ferrari, no sentido lato, mas espiritual, porque o mecânico tem as mãos sujas de óleo e graxa mas elas são limpas porque ele não as sujou colocando-as no dinheiro dos outros, especialmente nos cofres públicos.

Alguns amigos dizem que não existem mais candidatos com as mãos limpas. Sinto contrariá-los: existe sim. E aqui mesmo na nossa Pesqueira. Faço um desafio: comparem os políticos, examinem quem não tem processos por improbidade administrativa, quem não foi acusado de desviar verbas, quem não está sub judice, cortando linha zero com medo da justiça. Perguntem: Fulano tem as mãos limpas? Vocês vão encontrar o candidato certo, basta querer. Um aviso: quem vota num candidato que tem as mãos sujas, sabendo disso, é conivente e também suja as mãos. E fica fedendo. É preciso votar em quem tem a ficha absolutamente limpa. E priu.

Jornalista William Pôrto
http://blogdewilliamporto.zip.net/
 
Concordo com o senhor, William Pôrto.

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