Total de visualizações de página
domingo, 26 de fevereiro de 2017
domingo, 19 de fevereiro de 2017
sábado, 18 de fevereiro de 2017
As palmadas morais de Raduan Nassar no lugar onde Roberto Freire guarda seu intelecto.
Por Kiko Nogueira - Postado em 17 Feb 2017
Na manhã de sexta-feira, dia 17, o escritor Raduan Nassar recebeu o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa, pelo conjunto de sua obra.
Na cerimônia, realizada em São Paulo, o autor de “Lavoura Arcaica” fez o que se espera de um intelectual corajoso: denunciou o golpe.
O ministro da Cultura, Roberto Freire, ainda tentou uma pegadinha. Escalou Nassar para abrir os trabalhos, prevendo que viria chumbo, de modo a ele ficar por último. Batata (leia o pronunciamento abaixo).
O vexame foi inevitável. Freire, descontrolado em sua soberba e ignorância, mais um “notável” num governo vagabundo, sem qualquer legitimidade para o cargo, foi vaiado pela plateia, com quem bateu boca.
O melhor que conseguiu foi sugerir que Raduan não deveria aceitar o prêmio de 100 mil euros por ser um “adversário” — como se ele outorgasse a premiação, e não um júri de Brasil e Portugal — e que não estamos em uma “ditadura”.
Ouviu do professor Augusto Massi: “Acho que você não está à altura do evento”. Obviamente que não está. Resta-lhe procurar consolo em José Serra, que o inventou, enquanto não cai — se Serra não tiver mais o que fazer.
Eis o discurso de Raduan Nassar na íntegra:
Tive dificuldade para entender o Prêmio Camões, ainda que concedido pelo voto unânime do júri. De todo modo, uma honraria a um brasileiro ter sido contemplado no berço de nossa língua.
Estive em Portugal em 1976, fascinado pelo país, resplandecente desde a Revolução dos Cravos no ano anterior. Além de amigos portugueses, fui sempre carinhosamente acolhido pela imprensa, escritores e meios acadêmicos lusitanos.
Portanto, Sr.Embaixador, muito obrigado a Portugal.
Infelizmente, nada é tão azul no nosso Brasil.
Vivemos tempos sombrios, muito sombrios: invasão na sede do Partido dos Trabalhadores em São Paulo; invasão na Escola Nacional Florestan Fernandes; invasão nas escolas de ensino médio em muitos estados; a prisão de Guilherme Boulos, membro da Coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto; violência contra a oposição democrática ao manifestar-se na rua. Episódios todos perpetrados por Alexandre de Moraes.
Com curriculum mais amplo de truculência, Moraes propiciou também, por omissão, as tragédias nos presídios de Manaus e Roraima. Prima inclusive por uma incontinência verbal assustadora, de um partidarismo exacerbado, há vídeo, atestando a virulência da sua fala. E é esta figura exótica a indicada agora para o Supremo Tribunal Federal.
Os fatos mencionados configuram por extensão todo um governo repressor: contra o trabalhador, contra aposentadorias criteriosas, contra universidades federais de ensino gratuito, contra a diplomacia ativa e altiva de Celso Amorim. Governo atrelado por sinal ao neoliberalismo com sua escandalosa concentração da riqueza, o que vem desgraçando os pobres do mundo inteiro.
Mesmo de exceção, o governo que está aí foi posto, e continua amparado pelo Ministério Público e, de resto, pelo Supremo Tribunal Federal.
Prova da sustentação do governo em exercício aconteceu há três dias, quando o ministro Celso de Mello, com suas intervenções enfadonhas, acolheu o pleito de Moreira Franco. Citado 34 vezes numa única delação, o ministro Celso de Mello garantiu, com foro privilegiado, a blindagem ao alcunhado “Angorá”. E acrescentou um elogio superlativo a um de seus pares, o ministro Gilmar Mendes, por ter barrado Lula para a Casa Civil, no governo Dilma. Dois pesos e duas medidas.
É esse o Supremo que temos, ressalvadas poucas exceções. Coerente com seu passado à época do regime militar, o mesmo Supremo propiciou a reversão da nossa democracia: não impediu que Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados e réu na Corte, instaurasse o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Íntegra, eleita pelo voto popular, Dilma foi afastada definitivamente no Senado.
O golpe estava consumado!
Não há como ficar calado.
Obrigado.
Na manhã de sexta-feira, dia 17, o escritor Raduan Nassar recebeu o Prêmio Camões, o mais importante da literatura em língua portuguesa, pelo conjunto de sua obra. Na…
DIARIODOCENTRODOMUNDO.COM.BR
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
"Procura-se o Brasil onde havia um presidente respeitado, que andava de cabeça erguida e possuía livre trânsito nos quatros cantos do planeta. Procura-se o Brasil de onde saiam brasileiros pra fazer turismo e, não somente pra limpar privadas norte-americanas. Procura-se o Brasil de onde saiam médicos respeitabilíssimos e de caráter. Procura-se o Brasil onde havia um povo orgulhoso de sua alegria e gentileza. Procura-se o Brasil onde juízes eram apartidários, sérios e impolutos. Procura-se o Brasil onde a morte não era comemorada por médicos, juízes e presidente. Procura-se o Brasil onde o tráfico de cocaína era considerado crime. Procura-se o Brasil onde advogado do crime organizado não se transformava em ministro. Procura-se o Brasil onde o "irmão do Henfil" era considerado uma personalidade e, não um Bolsonaro. Procura-se um Brasil que produza Marisas, Pittys, Betinhos, Niemeyers, Euclides da Cunha. Procura-se o Brasil que já produziu alegrias . Quem encontrar esse belo país, por favor entregue-o na América do Sul, bem pertinho do Oceano Atlântico. Obrigado."
JEFFERSON GUIMARÃES. Belém, Pará.
Assinar:
Postagens (Atom)