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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Beth Carvalho rebate questionamentos sobre Cuba a revela: ‘A CIA quer acabar com o samba’

Postado em: 25 nov 2011 às 18:27

Repórter questiona Beth Carvalho a respeito da liberdade na ilha caribenha, que responde: “Eu não me sinto com liberdade de expressão no Brasil”

beth carvalho cuba
Beth Carvalho fala que a hipocrisia reinante no Brasil faz com que nos acostumemos a uma ditadura velada
Ao abrir o elevador, ainda no hall de entrada do apartamento, um quadro com a foto de Che Guevara. Não há dúvidas. Ali é o andar de Beth Carvalho. Ela surge na sala, amparada por duas muletas, que logo deixa de lado para posar para as fotos. “Nunca vi coisa para cair mais do que muletas. Estas meninas caem toda hora”, diz, bem-humorada.
No fundo da janela, o mar de São Conrado, bairro vizinho à favela da Rocinha. “A CIA quer acabar com o samba. É uma luta contra a cultura brasileira. Os Estados Unidos querem dominar o mundo através da cultura”, diz a cantora, presidente de honra do PDT.
Entre os fartos risos, também não faltaram palavras ríspidas para defender seu ponto de vista.
Abaixo, a íntegra da entrevista realizada pelo portal iG
Qual foi a sensação ao voltar a andar?
BETH CARVALHO: A pior da minha vida. Quando pus os pés pela primeira vez no chão, achei que nunca ia andar de novo. Parecia que não tinha mais pernas, sem força muscular. Depois, com a fisioterapia, a recuperação foi rápida. Precisei colocar dois parafusos de 15 cm cada um, só isso me fez voltar a andar. Agora sou interplanetária e biônica (risos).
Em seu novo CD, a letra “Chega” é visivelmente feminista. Por que é raro o samba dar voz a mulheres?
BETH CARVALHO: O mundo, não só o samba, é machista. Melhorou bastante devido à luta das mulheres, mas a cada cinco minutos uma mulher apanha no Brasil. É um absurdo. Parece que está tudo bem, mas não é bem assim. Sempre fui ligada a movimentos libertários.
De que forma o samba é machista?
BETH CARVALHO: A maioria dos sambistas é homem. Depois de mim, Clara Nunes e Alcione, as coisas melhoraram. O samba é machista, mas o papel da mulher é forte. O samba é matriarcal, na medida que dona Vicentina, dona Neuma, dona Zica comandam os bastidores da história. Eu, por exemplo, sou madrinha de muitos homens (risos).
A senhora é vizinha da favela da Rocinha. Como vê o processo de pacificação?
BETH CARVALHO: Faltou, por muitos anos, a força do estado nestas comunidades. Agora estão fazendo isso de maneira brutal e, de certa forma, necessária. Mas se não tiver o lado social junto, dando a posse de terreno para quem mora lá há tanto tempo, as pessoas vão continuar inseguras. E os morros virarão uma especulação imobiliária.
Alguns culpam o governo Leonel Brizola (1983-1987/1991-1994) pelo fortalecimento do tráfico nos morros. A senhora, que era amiga do ex-governador, concorda?
BETH CARVALHO: Isso é muito injusto. É absurdo. Se tivessem respeitado os Cieps, a atual geração não seria de viciados em crack, mas de pessoas bem informadas. Brizola discutia por que não metem o pé na porta nos condomínios da Avenida Viera Souto (em Ipanema) como metem nos barracos. Ele não podia fazer milagre.
Aqui na sua casa há várias imagens de Che Guevara e de Fidel Castro. Acredita no modelo socialista?
BETH CARVALHO: Eu só acredito no modelo socialista, é o único que pode salvar a humanidade. Não tem outro (fala de forma enfática). Cuba diz ‘me deixem em paz’. Os Estados Unidos, com o bloqueio econômico, fazem sacanagem com um país pobre que só tem cana de açúcar e tabaco.
Mas e a falta de liberdade de expressão em Cuba?
BETH CARVALHO: Eu não me sinto com liberdade de expressão no Brasil.
Por quê?
BETH CARVALHO: Porque existe uma ditadura civil no Brasil. Você não pode falar mal de muita coisa.
Como quais?
BETH CARVALHO: Não falo. Tem uma mídia aí que acaba com você. Existe uma censura. Não tem quase nenhum programa de TV ao vivo que nos permita ir lá falar o que pensamos. São todos gravados. Você não sabe que vai sair o que você falou, tudo tem edição. A censura está no ar.
Mas em países como Cuba a censura é institucionalizada, não?
BETH CARVALHO: Não existe isso que você está falando, para começo de conversa. Cuba não precisa ter mais que um partido. É um partido contra todo o imperialismo dos Estados Unidos. Aqui a gente está acostumada a ter vários partidos e acha que isso é democracia.
Este não seria um pensamento ultrapassado?
BETH CARVALHO: Meu Deus do céu! Estados Unidos têm ódio mortal da derrota para oito homens, incluindo Fidel e Che, que expulsaram os americanos usando apenas o idealismo cubano. Os americanos dormem e acordam pensando o dia inteiro em como acabar com Cuba. É muito difícil ter outro Fidel, outro Brizola, outro Lula. A cada cem anos você tem um Pixinguinha, um Cartola, um Vinicius de Moraes… A mesma coisa na liderança política. Não é questão de ditadura, é dificuldade de encontrar outro melhor para ocupar o cargo. É difícil encontrar outro Hugo Chávez.
Chávez é acusado por muitos de ter acabado com a democracia na Venezuela.
BETH CARVALHO: Acabou com o quê? Com o quê?
Com a democracia…
BETH CARVALHO: Chávez é um grande líder, é uma maravilha aquele homem. Ele acabou com a exploração dos Estados Unidos. Onde tem petróleo estão os Estados Unidos. Chávez acabou com o analfabetismo na Venezuela, que é o foco dos Estados Unidos porque surgiu um líder eleito pelo povo. Houve uma tentativa de golpe dos americanos apoiada por uma rede de TV.
A emissora que fazia oposição ao governo e que foi tirada do ar por Chávez…
BETH CARVALHO: Não tirou do ar. Não deu mais a concessão. É diferente. Aqui no Brasil o governo pode fazer a mesma coisa, televisão aberta é concessão pública. Por que vou dar concessão a quem deu um golpe sujo em mim? Tem todo direito de não dar.
A senhora defende que o governo brasileiro deveria cassar TV que faz oposição?
BETH CARVALHO: Acho que se estiver devendo, deve cassar sim. Tem que ser o bonzinho eternamente? Isso não é liberdade de expressão, é falta de respeito com o presidente da República. Quem cassava direitos era a ditadura militar, é de direito não dar concessão. Isso eu apoio.
Por ser oriundo dos morros, o samba foi conivente com o poder paralelo dos traficantes?
BETH CARVALHO: Não, o samba teve prejuízo enorme. Hoje dificilmente se consegue senhoras para a ala das baianas nas escolas de samba. Elas estão nas igrejas evangélicas, proibidas de sambar. Não se vê mais garoto com tamborim na mão, vê com fuzil. O samba perdeu espaço para o funk.
Quem é o culpado?
BETH CARVALHO: Isso tem tudo a ver com a CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), que quer acabar com o samba. É uma luta contra a cultura brasileira. Os Estados Unidos querem dominar o mundo através da cultura. Estas armas dos morros vêm de onde? Vem tudo de fora. Os Estados Unidos colocam armas aqui dentro para acabar com a cultura dos morros, nos fazendo achar que é paranoia da esquerda. Mas não é, não.
O samba vai resistir a esta “guerra” que a senhora diz existir?
BETH CARVALHO: Samba é resistência. Meu disco é uma resistência, não deixa de ser uma passeata: “Nosso samba tá na rua”.
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2011/11/beth-carvalho-desnuda-mentiras-sobre.html

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


Cuba, o embargo injustificado, o papel do Brasil e dos EUA

Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
O bloqueio econômico, financeiro e comercial a Cuba, imposto pelos Estados Unidos em 1962, no governo do democrata John F. Kennedy, é um dos bloqueios mais longos que se tem notícia no mundo contemporâneo, além de ser considerado cruel pelos organismos internacionais, a exemplo da Assembléia Geral da ONU, que aprovou, em 13 de novembro de 2012, a 21ª resolução de condenação ao embargo econômico a Cuba. Apenas os Estados Unidos, Israel e Palau ficaram a favor do embargo. No dia 7 de fevereiro deste ano, o bloqueio completou 51 anos, ou seja, mais de meio século, e foi transformado em lei em 1992 e 1995. O ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, também democrata, ampliou o embargo comercial ao pequeno país caribenho em 1999, o que acarretou a proibição de filiais estrangeiras de empresas do país yankee de comercializar com Cuba valores que ultrapassem a US$ 700 milhões, o que é um absurdo e uma gota no oceano em termos de comércio exterior.

A Assembleia das Nações Unidas rejeita, reiteradamente, a política isolacionista promovida pelo governo estadunidense e o seu Departamento de Estado contra Cuba. Tal Departamento, cuja doutrina de política externa é o porrete, transformou-se em alvo de críticas internas contundentes por parte de entidades estadunidenses, contrárias ao bloqueio, ao argumentarem que não existem normas no direito internacional que justifiquem um embargo tão radical em tempo de paz, de globalização, além do fim da Guerra Fria, que ocorreu, simbolicamente, com a queda do Muro de Berlim, em 1989.
Cuba enfrenta mais de cinco décadas de guerra econômica. Para se ter uma ideia do que é isto, ao longo de 51 anos a ilha cubana teve prejuízos que chegam a mais de US$ 1 trilhão, valor este elevado para um país tão pequeno. É algo incompreensível, com o fim da Guerra Fria, os Estados Unidos ainda não mudarem sua política externa para com cubanos. E sabem por que essa realidade acontece? Respondo: Cuba atual não é importante economicamente, mas o é politicamente e ideologicamente, com forte conotação simbólica, que remonta a guerrilha de Fidel Castro e Che Guevara, ícones internacionais e que até hoje povoam o imaginário de diversas gerações — as mais jovens e as mais antigas. Combater e sufocar Cuba é essencial para os grandes capitalistas e seus governos, porque acreditam que dessa forma "matam" o sonho do socialismo.
As contradições da política estadunidense no que tange a Cuba são questionadas pela comunidade internacional. Lembro que, ao tempo em que Cuba é boicotada por um tempo de 51 anos, os Estados Unidos se constituíram nos principais parceiros comerciais da China comunista, além de retomarem o diálogo com a Coreia do Norte e o Vietnã, seus arqui-inimigos do passado e do presente, com o propósito de criarem uma nova fronteira de negócios com os países que, juntamente com o Laos e o Camboja, formam a Indochina. No momento, a Coreia do Norte realiza experimentos atômicos, mas o diálogo com os EUA e a Coreia do Sul prosseguem. Somente indivíduos ingênuos ou jornalistas a serviço da mídia imperialista e de direita brasileira acreditariam que os EUA, no momento, abririam mão de negociações e optariam por uma invasão militar.
É necessário salientar e relembrar também que representantes da Coreia do Norte e dos Estados Unidos se reuniram no ano passado em Genebra, na Suíça, com a intenção de desbloquearem as conversações sobre o desarmamento nuclear dos coreanos, considerados à revelia pelos yankees como um dos países formadores do "eixo do mal", juntamente com o Irã e o invadido Iraque, que desde 2003 está ocupado pelas forças militares dos EUA, que têm interesses geopolíticos na região, além de controlarem o petróleo e uma nação como a do Iraque cujo povo tem cinco mil anos de história, pois eles são a própria Mesopotâmia.
Se a questão fundamental fosse ideológica, os estadunidenses não negociariam com a China, que é comunista como Cuba e muitas vezes contrária, por exemplo, aos interesses dos estadunidenses no Conselho de Segurança da ONU. Negócios são apenas negócios. Ou como gostam os nossos complexados e colonizados tupiniquins: business to business (B2B). Os Estados Unidos, mesmo na Guerra Fria e em alta escala, sempre negociaram com a extinta União Soviética, e nem por isso o mundo acabou. O bloqueio comercial a Cuba não tem mais sentido, tanto é verdade que muitos países, inclusive o Brasil, negociam comercialmente com o país caribenho e pedem o fim do embargo nos fóruns internacionais.
Além disso, considero o Brasil, que tem uma das diplomacias mais avançadas do mundo, um grande mediador. Com o fortalecimento do Mercosul com a entrada definitiva da Venezuela e o reconhecimento por parte dos grandes países ocidentais de que o Brasil é o principal País da América Latina, o Governo Federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, deveria se empenhar de forma mais assertiva junto à OEA, à ONU, aos blocos econômicos como a Comunidade Europeia para que os Estados Unidos façam uma revisão de suas políticas públicas e diplomáticas em relação a Cuba, país independente e autônomo, que se recusa a ser tutelado por quem quer que seja, como bem demonstra a história cubana desde 1959, quando os revolucionários, à frente do movimento de libertação Fidel Castro e Che Guevara, assumiram o poder político e militar na ilha caribenha.
Considero fundamental que o Governo Federal recrudesça e procure efetivar a inserção de Cuba no mercado econômico e financeiro internacional, por intermédio de negociações do Itamaraty na OEA, na ONU, na OMC, no Mercosul e nos bancos internacionais, como o Banco Mundial (Bird), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Cuba tem de ser integrada urgentemente, bem como a Palestina à comunidade internacional, e com celeridade. Nenhum país deve ser tratado como se fosse de segunda categoria, porque povo algum é de segunda categoria. A humanidade pode até diferir na cor da pele e na textura dos cabelos, mas ela é uma só, única e indivisível, porque vivemos em um planeta do qual somos filhos, e, quando da nossa morte, voltamos para o útero dele em forma de pó. Existem, sim, países poderosos, com força econômica e bélica incomensurável e que se aproveitam de sua posição para impor sanções e bloqueios, além de, se puderem, promover invasões militares.
Contudo, faço uma ressalva: essas organizações financeiras têm de, urgentemente, reformular seus programas de financiamento, voltando-se mais para o desenvolvimento social dos países subdesenvolvidos e endividados e deixar em segundo plano as estratégias que visam apenas o lucro, fato este que ocorreu durante décadas com o Brasil, e agora, quando a Europa e os EUA estão em crise, seus povos se recusam a apertar seus cintos e protestam nas ruas contra a falta de emprego, de renda e de esperança proporcionados pela crise de 2008, que até hoje perdura e que tende a piorar, segundo os ministros de Fazenda da zona do euro e os analistas vinculados ao mercado financeiro e ao comércio e à indústria.
A verdade é que o ex-presidente Lula tem razão. Ele criticou o FMI em evento nos EUA realizado em 2011 quando recebeu prêmio de reconhecimento pelo seu governo ter combatido a fome e a miséria e inserido milhares de famílias brasileiras no mercado de consumo. O político trabalhista disse o seguinte: "O FMI tinha solução para tudo quando a crise era na Bolívia, no Brasil, no México. Quando a crise chega aos países ricos o FMI se cala, entrou num silêncio profundo. O BID, então, não fala mais nada" — criticou Lula, alto e em bom som para quem quisesse ouvir, inclusive os neoliberais brasileiros e a imprensa comercial e privada que insistem em defender o indefensável, a justificar o injustificável e a dissimular o fracasso retumbante de governantes atrelados ao Consenso de Washington de 1989 e vazios de sensibilidade social, como o tucano e ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso, que foi três vezes ao FMI, de joelhos e com o pires na mão, o que fez milhões de cidadãos brasileiros se sentirem humilhados.
Lula afirmou ainda que os países desenvolvidos deveriam seguir os passos do Brasil, tê-lo como exemplo quando se trata de combater a crise mundial. Para ele, os mais pobres são os que têm de ter prioridade, porque não há nada mais barato do que cuidar deles, pois duro e difícil é cuidar dos ricos. Para o ex-mandatário trabalhista, distribuir renda é a solução para que as pessoas pobres possam consumir e, consequentemente, fazer a economia girar, o que propiciará a criação de empregos e renda para os mais ricos, que poderão dessa forma contratar um número maior de trabalhadores e com isso aumentar a força de trabalho e a riqueza dos países, das sociedades.É o chamado ciclo virtuoso da economia.
Por sua vez, a presidenta Dilma Rousseff disse quando esteve na Turquia que "Desejamos à Europa uma saída rápida da crise por meio da busca por maior estabilidade macroeconômica, mas também e, sobretudo, assegurando a retomada do crescimento, da proteção ao emprego e dos segmentos mais vulneráveis das diferentes populações". A resumir: Lula e Dilma pensam de maneira igual, pois são executores do mesmo programa de governo e projeto de País. Eles são políticos trabalhistas, nacionalistas e acreditam no Brasil e em sua maior riqueza que é o seu povo. Lula e Dilma seguem, fundamentalmente, os princípios da escola política e econômica estruturalista, progressista, cuja origem remonta a Getúlio Vargas e passa pelo grande pensador e economista Celso Furtado.
Os neoliberais nunca compreenderam isso, não porque são ignorantes ou de parcos conhecimentos sobre as questões e as realidades brasileiras, como se define pessoas relativamente "espertas" de forma educada. Governaram para poucos porque usaram de má-fé. E assim foi feito para, propositalmente, cuidarem dos ricos e governarem para 30% da população do País, como fez FHC — o Neoliberal — em seus dois governos, controlados pelo PSDB e com o apoio de partidos como DEM, o pior partido do mundo, pois tataraneto que é da UDN. Quanto ao PPS do desmoralizado Roberto Freire, considero-o apenas um partido de aluguel e que se esqueceu de sua memória. Lamentável.
Voltemos a Cuba. A crise internacional é questionada fortemente por instituições nacionais de diversos países, bem como por ONGs e outros movimentos sociais que criticam, de forma ácida e até mesmo violenta, a atuação dos organismos financeiros internacionais perante aqueles que deles dependem ou que devem a eles. Se países inseridos em um contexto mais favorável têm enfrentado graves problemas no que concerne à inserção no mercado internacional, o que diríamos de Cuba que há mais de cinco décadas enfrenta um bloqueio econômico dos mais desumanos e cruéis que se tem notícia no mundo contemporâneo? Por isso, como cidadão e jornalista sou favorável ao fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba.
A Guerra Fria, repito, acabou. O mundo se tornou globalizado. Globalização, como o nome indica, significa interação entre os países, que passaram a se comunicar e a realizar negócios em uma frequência e grandeza nunca vistas antes pela humanidade. É surreal, em tempos de globalização, Cuba ficar à margem do processo de integração mundial por questões muito mais ideologicamente e politicamente mesquinhas do que econômicas. Os Estados Unidos veem Cuba como um problema pessoal. Dá a impressão que os sucessivos governos estadunidenses teriam perdido um estado de sua federação, à força, o que não retrata a realidade. Os cubanos seguiram seus destinos de povo livre e independente e que tem o direito de fazer parte da comunidade internacional tal qual a qualquer outro povo que tem representação na ONU e em outros fóruns internacionais. Cuba não é o Havaí e nem Porto Rico, que merecem, sem sombra de dúvida, todo meu respeito e consideração.
Cuba é soberana. E o Brasil, como um País tradicionalmente moderado, diplomaticamente competente, de vocação mediadora, deve sentar à mesa de negociações, com o propósito de inserir e incluir Cuba no contexto internacional. A Carta da ONU considera direito inalienável de todo povo e de toda nação serem livres, bem como participar dos processos de interação e integração entre os povos. O bloqueio econômico ao país do Caribe não condiz com as realidades das Américas e muito menos com a democracia, tão defendida pelos Estados Unidos ao tempo que por eles negada ao povo cubano, bem como a muitos outros povos. O bloqueio a Cuba é ideológico, geopolítico, insensato, cruel e injustificado.
Será que a blogueira de direita, a cubana Yaoni Sánchez, contratada para o cargo de diretora da ultraconservadora Associação Interamericana de Imprensa (SIP), sabe dessas realidades relativas a Cuba? Com certeza, sim. E daí? O que importa a tipo de gente como a pseuda jornalista é atender aos interesses do governo estadunidense, bem como o do establishment. As questões cubanas são muito maiores e mais complexas do que as palavras encomendadas e direcionadas de Yaoni, que, visivelmente, esta atrelada aos patrões do sistema midiático privado e hegemônico das três Américas. A independência e a autodeterminação cubana, igualmente à brasileira e a de todos os povos da América Latina e do Caribe, não são negociáveis. Cuba é independente. É isso aí.

Fonte, http://blogdadilma.com/index.php/mundo/2267-cuba-o-embargo-injustificado-o-papel-do-brasil-e-dos-eua

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O meu comentário no Facebook


Está acontecendo é que ouvimos agora a pouco pela rádio local que estão servindo suco azedo em escola. A merenda: feijão e arroz. Pessoas pedindo conserto dos esgotos em vários pontos da cidade. É triste mesmo você acordar e sentir o mau cheiro horrível durante todo o dia. E a grita maior na hora das refeições. Ninguém merece isso. Desabafo de lixo, trânsito caótico no centro da cidade. Pessoas pedindo que tudo isso seja visto, pois pagam impostos. E o colírio que antes as pessoas recebiam no Centro Rosa agora só recebem em Caruaru. Pessoas sem condições de deslocamento para aquela cidade.

Já foi dada sugestão de alguém ser procurador dessas pessoas, pegar esses colírios em Caruaru enquanto resolvem trazê-lo definitivamente para a cidade.

Tem escola que segunda-feira, primeiro dia de aula mandou seus alunos para casa mais cedo por falta de merenda.

Precisa-se de atitude e ação.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Festa de Santa Águeda, em Pesqueira, contará com presença do Pe. Robson de Oliveira


A festa da padroeira de Pesqueira e de nossa Catedral Diocesana, que acontecerá de 26 de

 janeiro a 5 de fevereiro, contará este ano com uma bonita programação envolvendo os temas

 profundos do Ano da Fé e da Jornada Mundial da Juventude. Segundo o Pe. Marconni 

Barbosa, administrador paroquial, já estão confirmadas as presenças de vários bispos da 

CNBB Regional Nordeste 2 que, a cada noite, presidirão a Santa Missa, bem como de 

sacerdotes diocesanos e das dioceses vizinhas. Uma das presenças mais aguardadas é, 

sem dúvida, a do Pe. Robson de Oliveira, reitor do Santuário do Divino Pai Eterno, de 

Trindade (GO). Pesqueira será a primeira cidade do interior de Pernambuco a ser visitada 

pelo sacerdote e sua equipe missionária. A celebração com ele será no domingo dia 03 de 

fevereiro, às 17 horas, na Praça Dom José Lopes (Praça da Catedral). São esperadas

 muitas caravanas que virão da diocese e de municípios vizinhos para este momento de fé e 

evangelização. A Web Rádio São José da Diocese de Pesqueira fará a cobertura completa 

do novenário de Santa Águeda, com transmissão AO VIVO  de todas as celebrações, bem 

como entrevistas especiais com bispos e sacerdotes presentes ao evento.

 Acompanhe conosco pelo site: www.diocesedepesqueira.com.bronde criar site


Fonte, http://www.diocesedepesqueira.com.br/?p=4938

Santa Águeda padroeira da cidade de Pesqueira-Pernambuco


Feliz pela sua volta ao seu altar. Hoje é o seu dia. 
Parabéns Santa Águeda.

Proteja a todos nós.
Amém!


Santa Águeda foi uma virgem e mártir das tradições cristãs, padroeira deCatânia, filha de nobres cataneses, alegadamente viveu entre os séculos III eIV durante a dominação romana do pro-cônsul Quinciano e foi martirizada durante as perseguições de Décio o Diocleciano. Seu nome aparece noCânon Romano já em tempos remotíssimos.
Águeda (em italiano e siciliano Agata) nasceu em Catânia. Alguns historiadores cristãos apontam seu ano de nascimento entre 230 e 235. Segundo a tradição cristã, Águeda consagrou-se a Deus com quinze anos de idade.
Depois de inúmeras tentativas de Quinciano para "corrompê-la", Águeda foi "encarcerada brevemente e depois torturada". Foi "chicoteada e seus seios foram arrancados com tenazes" mas, segundo a tradição, ela foi "curada" de seus ferimentos por São Pedro que a visitou na prisão. Por fim, Águeda foi submetida ao suplício de brasas ardentes e na noite seguinte, 5 de fevereirode 251 (alguns sugerem o ano de 254), faleceu em sua cela.
Sua morte foi "seguida de um tremor de terra que abalou toda a cidade". Conta a tradição que "um ano após sua morte, o Etna teria entrado em erupção, despejando um mar de lava em direção a Catânia". Então os habitantes teriam "colocado um véu que cobria a sepultura de Ágata diante do fogo que parou imediatamente, poupando a cidade".
Santa Águeda é o nome da santa lembrada nas orações em que se pede proteção contra os terremotos.
Sua festa litúrgica é celebrada aos 5 de Fevereiro.

[editar]As relíquias

As relíquias da santa foram levadas a Constantinopla em 1040 por um general bizantino, em 1126 dois soldados (talvezfranceses), Giliberto e Goselino, furtaram os restos mortais de Águeda, que foram entregue ao bispo Maurício no Castelo de Aci.
Em 17 de agosto de 1126, as "relíquias" voltaram ao duomo de Catânia, onde até hoje permanecem em nove relicários: cabeça e busto, mãos, braços, pés e pernas, as mamas e o Santo Véu.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Àgueda_de_Catânia