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domingo, 25 de agosto de 2013

 Geraldo De Margela 

O BRASIL QUE AVANÇA

O brasileiro tem hoje uma média de vida de 74 anos, era pouco mais que 60 há uma década, o trabalhador brasileiro passou de 5,7 para 8,7 anos de escolaridade. O índice de desemprego no Brasil , neste mês de agosto, de 5,6 % da população economicamente ativa é o mais baixo em toda a história da existência desse índice. 37 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta, ou seja, melhoraram as suas condições de vida e moradia e 40 milhões ascenderam socialmente, quer dizer vivem melhor.

A caderneta de poupança bate recorde em julho. Significa dizer que mais brasileiros comem bem, vivem bem, estudam mais e ainda depositam um pouco do seus salários para garantirem o futuro de suas famílias. Mais de 1 milhão de bolsa de estudos são oferecidas para que mais jovens freqüentem as universidades, possibilitando a estes uma profissão mais qualificada e melhor remunerada. O Programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, oferece 10 mil bolsas de estudos para que jovens cientistas freqüentem as melhores universidades e centros de pesquisas do mundo e tragam para nossas universidades, institutos de pesquisas e setores produtivos o que há de mais avançado no mundo da ciência, da tecnologia e da informação fazendo com que o Brasil avance mais rapidamente.

As universidades públicas melhoram significativamente a qualificação dos seus professores e as condições dos seus laboratórios, bibliotecas e salas de aula e de estudos, além de incrementarem a presença dos jovens em suas instâncias de aprendizagem. A UFRN serve de exemplo para o que afirmo: na década de 90 do século XX não passava de 12 mil estudantes, hoje tem uma matrícula de 36 mil. É bonito chegar na nossa UFRN às 7 h da matina e ver aquele Campus lotados de jovens caminhando para seus laboratórios e salas de aula.

São essas transformações que transmitem esperança, otimismo e auto-estima ao nosso povo. Reforçam perspectiva de termos uma nação diferente, onde a cultura, a riqueza e o poder sejam democraticamente distribuídos.

É nesse contexto que o projeto de governo da presidenta Dilma aumenta a sua aprovação junto a população, inclusive no Sudeste, para desgosto e destempero dos conservadores de toda ordem. A velha mídia, a frente a TV Globo e seus áulicos, em desespero, não sabem o que fazer para desgastar um projeto de nação que deverá continuar avançando na construção de uma sociedade republicana, igualitária e democrática.

sábado, 3 de agosto de 2013

"Tubarão não ataca na Terra! Deixem os animais em paz!

Para refletir e/ou discutir:

"Gostaria de declarar minha gigante indignação com comentários recentes da mídia e também de algumas pessoas que tenho conversado referente aos ataques de tubarões em humanos nos últimos tempos. Segundo elas os “monstros marinhos” como são chamados não tem piedade e fazem turistas terem pesadelos com seus horríveis e aterrorizantes ataques. Primeiro; as pessoas atacadas estavam em locais com identificação sobre o risco.
Segundo; no Recife ocorrem ataques constantemente, agora por que diabos você vai querer entrar na água?
Terceiro; o mar não nos pertence, essa é a casa deles e devemos no mínimo respeitar.
Quarto e mais importante; os tubarões não atacam pessoas porque são monstros maldosos ou assassinos, eles estão com fome, e se estão com fome é porque não tem comida e se não tem comida tem alguma coisa errada. Vale lembrar também que foi construído um enorme porto no Sul do Recife, as embarcações jogam restos de peixes e animais marinhos no mar formando um grande rastro de sangue, com isso eles acabam seguindo as embarcações e se aproximando da costa.
Ah! vale lembrar também da destruição dos mangues nas proximidades do porto, onde as fêmeas iam parir os filhotes, agora elas não tem onde fazer isso então seguem para costa.
Engraçado, parece que o grande monstro da história não são eles.

Respeite a vida marinha.
Respeite para ser respeitado!"


Climatologia Geográfica — Beatriz Frada
Tubarão não ataca na Terra! Deixem os animais em paz!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A pomba branca e o Papa Francisco na Oitava do Pentecostes
 …só Deus sabe o porquê desta linda surpresa!










Canetadas on line (Por Jurandir Carmelo – Pesqueira/PE, 30/07/2013).

A BANDA...

“...Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou...”

No mês de abril de 2013, a última tocada, nos informa Walberto, que fez de tudo para a banda continuar alegrando as ruas de Pesqueira. Parou por quê? Motivo: falta de apoio de uma Cidade onde a cultura está morrendo. Ou já morreu?
E assim a Banda de Música de Pesqueira ”está” à toa na vida..., diria com certeza, se a conhecesse, o nosso Chico Buarque. Daí, a pergunta: o que fazer “Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor...?”.

Cante com Chico Buarque...
A Banda

Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem.

A moça triste que vivia calada sorriu
A rosa triste que vivia fechada se abriu
E a meninada toda se assanhou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela

A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor

Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou

E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...

Ah, minha gente sofrida (pesqueirenses todos, não é possível, até a Banda?), não deixemos a banda parar, ao contrário, permitamos à “namorada contar as estrelas”, e que o faroleiro conte as suas vantagens, até a banda passar.
E por que não a meninada continuar assanhada, ou a rosa triste se abrir? E por que não, também, a moça triste sorrir?
Cantemos juntos à nossa maneira essa linda canção do Chico Buarque: A BANDA! Cantemos interpretando-a com alma e coração. Cantemos com o mais efetivo sentimento de pesqueiridade. Cantemos, sim Cantemos!

(...) A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade (PESQUEIRA) toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor (...).

Ora, se “o homem sério que contava dinheiro parou”; se “o faroleiro que contava vantagem parou”; se a namorada que contava as estrelas parou, para ver, ouvir e dar passagem..., por que não pararmos um pouco para falar de amor, esse amor que sempre foi a Banda de Música Maestro José Bevenuto?

Vejam vocês, amigos e amigas pesqueirenses, amigos e amigas de Pesqueira, os que aqui estão e os que mundo afora andam, que até “...o velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou que ainda era moço pra sair no terraço e dançou...”, não sendo diferente com “...a moça feia que debruçou na janela e pensou que a banda tocava pra ela...”.
            Vamos juntos pesqueirenses. Vamos sair desse comodismo. Já perdemos tantas coisas. Tantas coisas já nos levaram, sem que a gente proteste. Já nos tiraram a sala de aula do CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UFPE; a COLETORIA FEDERAL e ESTADUAL; o escritório da CELPE; o escritório do IBGE; o SESI; A FÁBRICA PEIXE; o controle da ADAGRO; a CICA NORTE; as CASAS JOSÉ ARAÚJO;
Surrupiaram até, meus irmãos pesqueirenses, vejam só, pasmem, os CANOS DA TURBINA DA FRÁBICA PEIXE.

Enfim, agora, de quatro e quatro anos, os CURURUS DE TROVOADAS vêm e levam os nossos votos e nada dão em agradecimento à Cidade, ao seu povo, para que possa ele ter uma melhor qualidade de vida. Prometem e prometem, mas não cumprem a palavra. CADÊ A ÁGUA? CADÊ A ESTRADA DA MUTUCA? CADÊ A BIODIESEL, FUNCIONANDO? CADÊ A ESTADUALIZAÇÃO DO HOSPITAL LIDIO PARAÍBA? CADÊ O TÃO ANUNCIADO SESC (SENAC)? CADÊ O NOVO MATADOURO PÚBLICO? CADÊ UMA FACULDADE UPE? CADÊ O ESTÁDIO JOAQUIM DE BRITO, À ALTURA DAS NOSSAS TRADIÇÕES FUTEBOLÍSTICAS? CADÊ O PRIMEIRO EMPREGO PARA OS NOSSOS JOVENS? CADÊ UMA INDÚSTRIA DE PESO QUE DÊ EMPREGO AO NOSSO POVO? CADÊ O ARQUIVO PÚBLICO MUNICIPAL, PARA PRESERVAR A NOSSA HISTÓRIA?

NÃO PODE FICAR SEMPRE ASSIM, DESSA VEZ VAMOS PROTESTAR. VAMOS ÀS RUAS DE FORMA ORDEIRA, PACÍFICA, SEM VIOLÊNCIA, SEM VANDALISMO.

VAMOS COMEÇAR EM DEFESA DA NOSSA BANDA DE MÚSICA. CANSAMOS DE TANTOS DESCASOS, DE TANTAS FRUSTRAÇÕES. DE TANTAS PROMESSAS.

Pela Banda de Música, vamos sair cantarolando pelas ruas da cidade, batendo à porta de cada casa, convocando cada pesqueirense para que lute, proteste a fim de que possamos continuar vendo a banda passar tocando e cantando coisas de amor..., para ver ‘...a marcha alegre (que) se espalhou na avenida...’, continuar viva espalhando cada vez mais alegria pelas vielas, becos, travessas, ruas, avenidas e praças da nossa terra querida...
Vamos insistir, como insistiu a marcha alegre; não vamos deixar que a lua cheia fique escondida. Vamos fazê-la surgir de novo, vamos enfeitar a cidade enfeitada de novo, sim, “...Pra ver a banda passar cantando coisas de amor...”:

(...) A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor (...)

Não abriguemos o desencanto, que não é só meu, mas de todos, de toda a cidade. Esse desencanto vai magoar a história da nossa terra, dos nossos antepassados. Não permitamos, portanto, ouvir o refrão da saudade, que diz:

(...) Mas para meu desencanto
O que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar
Depois que a banda passou (...)

REAJAMOS, PESQUEIRENSES! REAJAMOS! LUTEMOS PESQUEIRENSES! UNAMO-NOS COM A JUVENTUDE E VAMOS ÀS RUAS PROTESTAR. VAMOS ÀS RUAS DIZER QUE BASTA DE TANTO DEBOCHE PARA COM PESQUEIRA.

JÁ PERDEMOS MUITO PELO NOSSO COMODISMO, PELA NOSSA COVARDIA PARA COM A TERRA MÃE. VAMOS GRITAR BEM ALTO, JUVENTUDE, COMO DISSE O PAPA FRANCISCO: “NÃO SEJAIS COVARDES”.
            SE BANDA PAROU! PERGUNTEMOS: PAROU POR QUÊ? PORQUE PAROU?
            ORA, TODOS NÓS SABEMOS QUE FOI POR FALTA DE APOIO PARA VER A BANDA PASSAR.

PREFEITO EVANDRO, SENHORES VEREADORES, COMUNIDADE PESQUEIRENSE, NÃO DEIXEMOS A BANDA PARAR.
PREFEITO EVANDRO SEJA O PEDIATRA MAIOR DA BANDA DE MÚSICA, POIS ELA É FEITO A LENDA, NUNCA ENVELHECE.
Não permita, portanto, PREFEITO EVANDRO ouvir o refrão da saudade, da dor, do descaso, que diz:

(...) Mas para meu desencanto
O que era doce acabou (...)
A BANDA JOSÉ BEVENUTO, PAROU... E AGORA JOSÉ, PARA ONDE?...

É isso aí! Em abril passado a última tocada. Os fardamentos dos músicos lavados, passados e dobrados foram guardados nos cabides e guarda-roupas de seus lares. Hoje, os músicos com cabelos em desalinho, sapatos sem o brilho das festivas apresentações.
            Os instrumentos silenciaram! Sim, silenciaram! No armário da saudade repousam polidos os TROMPETES, o TROBONE DE VARA, a TROMPA, a TUBA, a FLAUTA, o CLARINETE, o OBOÉ, o FAGOTE, o PANDEIRO, a CAIXA DE RUFOS, os PRATOS, etc.
            E hoje? Hoje, só ouvimos o eco dos dobrados pelas ruas de Pesqueira, de quando a banda passava, trazendo alegria para o povo pesqueirense e os seus convidados.
            No dia 7 de setembro, A BANDA DE MÚSICA, abria a parada cívica. Na procissão de Santa Águeda, emocionava a todos, saudando a virgem mártir, a padroeira da Cidade de Pesqueira, que no início de tudo já foi denominada de Pesqueira de Santa Águeda.
            A nossa banda, de tantos admiráveis maestros, desde os memoráveis tempos dos Maestros Tomaz de Aquino Maciel, Assis Caboclo e José Bevenuto, entre outros, e recentemente do nosso querido Maestro Victor Brito, sempre contou com um repertório eclético.
            Os seus músicos trabalhados pelos maestros, com maestria evidente, desfilavam, garbosamente pelas ruas da cidade, a entoar valsas, polcas, choros, tangos, maxixes, sambas e marchas, entre outros gêneros, mas especialmente os dobrados.
            Lembro-me das saudosas retretas nas noites de verão no coreto da praça dom José, com a banda executando liricamente o seu eclético repertório. Eram as chamadas “RETRETAS DE VERÃO”.
            PESQUEIRENSE ACORDAI! A BANDA NÃO PODE PARAR! O QUE FAZER ENTÃO PARA A BANDA NÃO PARAR DE VEZ?

Para tudo é possível encontrar uma solução. Como diz o ditado: “só não tem jeito pra a morte”. Mas, a morte da nossa banda musical é possível de ser evitada.

Como?

Em primeiro lugar, através da união da Cidade e do seu povo para cobrar de quem de direito.
Sem segundo, penso, que através da criação, por lei, de uma Fundação de Direito Público vinculada à Secretaria de Cultura do Município, com autonomia para um modelo de gestão própria que estabeleça metas, objetivos, formando um patrimônio próprio e um fundo financeiro permanente, por meio de dotações públicas e recursos privados, feitas por meio de pessoas físicas e jurídicas, bem assim pela arrecadação de receita própria, através de cobraças do cachê de apresentação, tudo controlado por uma diretoria, eleita conforme estatuto e regimento interno, a qual será controlada por dois conselhos, sendo um deliberativo e outro fiscal, a fim de controlar suas finanças e patrimônio, necessária, também, para que a fundação atue com total transparência dos seus atos.
            Também, com a participação do governo do Estado, mediante convênio com a Fundarpe, ou outro organismo ligado à preservação da cultura, e dos valores artísticos. No mesmo sentido, o governo federal.
            O que precisa mesmo é juntar um grupo de estudo, sentar à mesa e discutir o assunto, com seriedade e interesse, com competência e honestidade, com vontade política, com sensibilidade da alma e do coração de pesqueirense.
            Outra idéia seria criar um Departamento na atual Fundação Zeferino Galvão, já que a mesma é de direito público, com o título de DEPARTAMENTO INSTRUMENTAL BANDA DE MÚSICA MAESTRO JOSÉ BEVENUTO – (sugestão), para administratar a banda.
            Se esse modelo não for acatado pelo poder público municipal, vamos propor a criação de uma fundação de direito privado, com regulação através de estatuto, diretoria, conselhos deliberativo e fiscal, mas que todos participem inclusive o comércio, a indústria, os clubes de serviços, a exemplo do Rotary e outros mais, também dos profissionais liberais e da comunidade como um todo.
            EU ACREDITO NA CRIAÇÃO DA “FUNDAÇÃO BANDA DE MÚSICA MAESTRO JOSÉ BEVENUTO, SEJA DE CARÁTER PÚBLICO OU PRIVADO”.
            EU ACREDITO, igualmente, QUE OS BANCOS INSTALADOS EM PESQUEIRA, CAIXA ECONOMICA, BANCO DO BRASIL, BANCO DO NORDESTE, BRADESCO, SANTANDER e ITAÚ, COM A APRESENTAÇÃO DE UM PROJETO CONSISTENTE, EFETIVO, RESPONSÁVEL, AJUDARÃO A SALVAR A BANDA DE MÚSICA DE PESQUEIRA, MAESTRO JOSÉ BEVENUTO.
            EU ACREDTIO! SIM, EU ACREDITO! ACREDITE VOCE, TAMBEM. VENHA COM A GENTE.
            O importante é que tenhamos um modelo de gestão competente e que salvemos a BANDA, que NÃO deixemos a BANDA À TOA NA VIDA, QUE PERMITEMOS, SIM, A BANDA PASSAR CANTANDO,  
(...) Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor (...)

Peritos paralisam atividades em todo o País

Papiloscopistas e peritos papiloscopistas das polícias federal e civil de todo o País fazem manifestação em frente ao Ministério da Justiça e ao Palácio do Planalto desde a última segunda (29). Anunciaram também a paralisação geral de todos os Institutos de Identificação e dos núcleos de identificação da Polícia Federal em todo o Brasil, aguardando a sanção pela presidenta Dilma do PLS 244/09 de autoria Ideli Salvatti nesta quinta, 1º de agosto, último dia do prazo.
Segundo o presidente da Federação Nacional dos Peritos em Papiloscopia – Fenappi, Antônio Maciel, o Projeto de Lei não tem impacto financeiro. "Só busca corrigir uma lacuna da Lei 12.030/09 (já alvo de uma ação de inconstitucionalidade, a Adin 4354 no Supremo Tribunal Federal), projeto patrocinado por associações de peritos que, ao relacionar os peritos oficiais de natureza criminal, não incluiu os papiloscopistas que realizam perícias oficiais há mais de um século. Isso tem provocado uma insegurança jurídica, que tem permitido o questionamento de laudos papiloscópicos na justiça, e o risco de criminosos voltarem para as ruas impunes".
Segundo dados oficiais, são produzidos mais de seis mil laudos periciais de impressões digitais em todo o País pelos papiloscopistas policiais. Vale lembrar que esses policiais já possuem a atribuição pericial de impressões digitais há décadas. Todos esses laudos versam sobre a autoria de crimes, em estelionatos, assaltos a banco, homicídios etc. Se o Governo Federal não suprir a lacuna criada pela Lei nº 12.030/09, esses milhares de laudos serão questionados na justiça, e acontecerá um efeito cascata que culminará na anulação de milhares de processos criminais. "Será o Governo Federal incentivando a impunidade, a violência, e uma avalanche de ações indenizatórias desses criminosos, que, além de impunes, vão ganhar dinheiro à custa da população, ao questionarem o uso de provas não oficiais em seus processos e condenações", diz o representante da categoria.
Os policiais especializados na perícia de impressões digitais produzem milhares de laudos que revelam a autoria de crimes, identificam cadáveres de indigentes, de vítimas de desastres de massa e até de torturados políticos. Têm resolvido casos de grande repercussão, como o furto ao Banco Central de Fortaleza, dentre outros.

Proibidos 
Em alguns estados como Goiás e agora o Distrito Federal, estes peritos como são mais conhecidos, estão proibidos de emitir seus laudos periciais. Na Polícia Federal, esses experts trabalham sob a proteção de uma Ação Civil Pública do Ministério Público Federal, que agiu para impedir que assaltantes, assassinos e traficantes fossem soltos pela invalidação das provas produzidas, e hoje a Justiça Federal obriga a União a reconhecer os papiloscopistas como peritos oficiais.
Celso Zuza, da Associação Brasileira dos Papiloscopistas Policiais Federais – Abrapol, diz que "a paralisação de um dia será tão somente para alertar o Governo das graves consequências do veto a um projeto como esse. E, caso isso ocorra, a paralisação por prazo indeterminado será tão somente o cumprimento dessa decisão. Se entenderem que não somos peritos oficiais, não poderemos mais elaborar os nossos laudos, até por uma questão de segurança jurídica desse trabalho que não teria mais o respaldo do próprio Governo. Locais de crime não mais serão periciados à procura de digitais, corpos precisarão de outros servidores e de outros métodos de identificação para serem liberados, e até as novas carteiras de identidade não terão mais a validação que garante a individualidade daquelas pessoas, podendo ser facilmente fraudadas", ressalta.